A Simpar (SIMH3) divulgou nesta quinta-feira (8) seus resultados financeiros referentes ao primeiro trimestre de 2025, registrando lucro líquido ajustado de R$26 milhões, valor inferior aos R$90 milhões reportados no mesmo período do ano anterior.

Apesar da queda no lucro, a companhia controladora de empresas como JSL, Movida e Vamos atingiu EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorde de R$2,9 bilhões no período, representando um aumento de 20% em comparação ao primeiro trimestre de 2024.

A receita líquida somou R$10,5 bilhões no 1T25, crescimento de 15% na comparação anual. A receita líquida de serviços, que exclui venda de ativos e construção, aumentou 16% para R$8,4 bilhões no período.

A margem EBITDA consolidada apresentou expansão de 1,0 ponto percentual na comparação anual, alcançando 27,5% no 1T25. Já o indicador de produtividade EBITDA por colaborador cresceu 19% na comparação anual, evoluindo para R$194 mil.

Redução significativa nos investimentos

A Simpar reportou Capex Líquido (investimentos) de R$723 milhões no 1T25, representando uma redução expressiva de 75% na comparação anual e 79% em relação ao último trimestre de 2024.

O EBITDA do primeiro trimestre anualizado foi quatro vezes maior que o Capex Líquido do período, indicando mudança na tendência de alocação de capital da companhia, que agora prioriza geração de caixa. Esta abordagem está alinhada com a estratégia de desalavancagem que a empresa vem implementando desde o ano passado.

Desempenho das subsidiárias

Na JSL, houve retorno a patamares adequados de margens operacionais, com fechamento de R$1,8 bilhão em novos contratos. A Vamos registrou crescimento de 24% na receita líquida, atingindo R$1,3 bilhão no trimestre.

A Movida apresentou lucro líquido de R$78 milhões no 1T25, aumento de 61% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já a Ciclus Ambiental reportou EBITDA de R$67 milhões, expansão de 122% na comparação anual.

A alavancagem financeira da companhia (relação dívida líquida/EBITDA) reduziu para 3,6x ao final do 1T25, comparada a 3,8x no 1T24, mesmo com parte importante dos investimentos realizados em 2024 ainda não refletidos na geração de caixa. A redução da alavancagem segue a tendência observada nos resultados de 2024, quando a empresa registrou lucro de R$548 milhões, revertendo resultados negativos do ano anterior.

A empresa captou R$3,3 bilhões no primeiro trimestre de 2025, com custo médio de CDI + 0,8% e prazo médio de 3,5 anos, reforçando seu acesso a diversas fontes de financiamento. Essa captação ocorre pouco depois da distribuição de R$60 milhões em dividendos aprovada pela companhia no final de abril.