Brava Energia cancela venda de ativos onshore na Bahia
Companhia cita recordes de produção e maior eficiência operacional como motivos para manter portfólio diversificado

A Brava Energia (BRAV3) informou ao mercado nesta quinta-feira, 8 de maio de 2025, que encerrou as negociações relativas ao processo de desinvestimento de ativos onshore e de águas rasas localizados no Estado da Bahia. A decisão ocorre após a empresa registrar recordes de produção em abril, com média de 81,8 mil barris por dia nos campos baianos e alcançar maior eficiência operacional em seus principais ativos.
Segundo o fato relevante divulgado pela companhia, o desempenho excepcional dos ativos onshore da Bahia ao longo dos últimos trimestres fortaleceu a posição estratégica da Brava no segmento de gás natural, potencializando as sinergias de um portfólio integrado de exploração e produção.
A empresa destacou dois fatores adicionais que influenciaram a decisão: a entrada em operação do FPSO Atlanta com a conexão dos poços 4H e 5H e o atingimento de maior eficiência operacional em Papa-Terra, descritos como os dois principais projetos offshore da companhia.
"A Administração optou por manter um portfólio de ativos diversificado, mitigando os riscos inerentes à concentração de operações em projetos específicos, de forma a assegurar resiliência de produção em um mercado dinâmico", informou a Brava em comunicado oficial.
O processo de desinvestimento havia sido comunicado ao mercado anteriormente, com fatos relevantes divulgados em 27 de dezembro de 2024, 10 de janeiro e 6 de março de 2025. A decisão de manter os ativos representa uma mudança na estratégia inicial da petroleira.
Para analistas do setor, a manutenção dos campos produtores na Bahia sinaliza confiança da Brava Energia na rentabilidade de seu portfólio integrado e pode representar aposta na valorização desses ativos no médio prazo, especialmente no segmento de gás natural, que tem ganhado relevância na matriz energética brasileira. A solidez financeira da companhia, que registrou crescimento de 51,3% em seu EBITDA em 2024, atingindo R$ 3,5 bilhões, parece ter influenciado essa decisão estratégica de manter os ativos baianos em seu portfólio.
BRAV3: cotação e indicadoresBrava Energia
Leia também
Mais Lidas da Semana
1