A ENGIE Brasil Energia (EGIE3) divulgou nesta quarta-feira, 7 de maio de 2025, os resultados financeiros do primeiro trimestre de 2025, com lucro líquido ajustado de R$ 823 milhões, valor 3,8% superior ao registrado no mesmo período do ano anterior. O resultado foi impulsionado pelo ingresso de novos ativos e consequente redução de compras de energia.

O Ebitda ajustado alcançou R$ 2,04 bilhões, aumento de 12,4% em comparação ao primeiro trimestre de 2024, enquanto a receita operacional líquida atingiu R$ 3,01 bilhões, crescimento de 15,5% no mesmo período. A margem Ebitda ajustada foi de 67,7%, apresentando redução de 1,9 pontos percentuais.

No período, a companhia celebrou a assinatura de contrato para aquisição das Usinas Hidrelétricas Santo Antônio do Jari e Cachoeira Caldeirão, pelo valor aproximado de R$ 3 bilhões. A operação, sujeita a condições precedentes, adicionará 612 MW de capacidade instalada ao portfólio da empresa.

Durante o trimestre, entraram em operação comercial 39 aerogeradores do Conjunto Eólico Serra do Assuruá, na Bahia, correspondendo a 175,5 MW de capacidade. Ao final do período, 148 do total de 188 aerogeradores do projeto estavam operando comercialmente e 37 em teste.

O Conjunto Fotovoltaico Assú Sol avançou significativamente, com quatro das 16 centrais fotovoltaicas operando comercialmente e outras quatro em teste, somando 352,7 MW de capacidade ao portfólio da companhia. Entre o primeiro trimestre de 2024 e o mesmo período de 2025, a ENGIE Brasil registrou expansão de 908 MW em capacidade instalada.

A quantidade de energia vendida no trimestre, sem considerar as operações de trading, foi de 9.588 GWh (4.439 MW médios), volume 12,1% superior ao comercializado no primeiro trimestre de 2024. O preço médio dos contratos de venda de energia foi de R$ 214,0/MWh, valor 3,8% inferior ao registrado no período comparativo.

Os investimentos totalizaram R$ 1,1 bilhão no trimestre, direcionados principalmente para a expansão e modernização de ativos. A dívida líquida encerrou março em R$ 20,67 bilhões, aumento de 26,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Como evento subsequente, a Assembleia Geral Ordinária de 25 de abril aprovou a distribuição de dividendos obrigatórios e complementares ao exercício findo em 31 de dezembro de 2024, no valor de R$ 715,1 milhões (R$ 0,8765/ação), equivalente a 55% do lucro líquido ajustado do ano passado. Os acionistas receberão esses proventos em 23 de dezembro de 2025, conforme cronograma já divulgado pela empresa.

A companhia também celebrou sua permanência no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) pelo 20° ano consecutivo, atingindo o 4° lugar geral dentre as 82 empresas selecionadas, reforçando seu compromisso com práticas sustentáveis de negócio.