A Iochpe-Maxion (MYPK3) divulgou nesta quarta-feira, 7 de maio de 2025, seus resultados financeiros referentes ao primeiro trimestre do ano. A companhia registrou lucro líquido de R$ 10,9 milhões, uma redução de 78,3% em comparação com o mesmo período de 2024, quando o resultado foi de R$ 50,3 milhões.

Apesar da queda no lucro, a receita operacional líquida cresceu 9,5% no período, atingindo R$ 3,9 bilhões. O aumento reflete tanto o reajuste dos preços devido à inflação de custos quanto o impacto positivo da conversão cambial das vendas realizadas no exterior.

O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) totalizou R$ 354,4 milhões no 1T25, um crescimento de 11,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, com margem EBITDA de 9,0%, superior em 0,2 ponto percentual à registrada no 1T24.

A companhia destacou o desempenho positivo no Brasil como fator determinante para mitigar a redução da atividade na Europa e América do Norte. Segundo a empresa, enquanto a produção global de veículos leves cresceu apenas 1,3% no primeiro trimestre (com queda de 2,8% excluindo-se a China), a operação brasileira apresentou resultados favoráveis.

O lucro bruto aumentou 15,5% no trimestre, alcançando R$ 443,7 milhões, com margem bruta de 11,3%, representando uma expansão de 0,6 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2024. A evolução foi impulsionada por maior eficiência operacional e pelo repasse aos preços de determinados aumentos de custos.

A alavancagem financeira, medida pela relação entre dívida líquida e EBITDA dos últimos 12 meses, foi de 2,34x no final do trimestre, mostrando melhora em comparação com os 2,95x registrados no mesmo período do ano anterior e mantendo-se estável em relação ao índice de 2,39x do trimestre anterior.

A dívida líquida totalizou R$ 3,66 bilhões, uma redução de 3,2% em relação ao 1T24, embora tenha sido negativamente impactada pela desvalorização do real. A posição de caixa no final do período permaneceu sólida, totalizando R$ 1,93 bilhão.

O resultado financeiro foi um dos fatores que pressionaram o lucro líquido, com valor negativo de R$ 140 milhões no 1T25, representando um aumento de 47,1% em relação ao mesmo período de 2024, principalmente devido ao aumento das taxas de juros.

A empresa destacou estar acompanhando os recentes anúncios tarifários dos EUA e suas implicações comerciais, afirmando que sua presença global e foco estratégico na produção e venda doméstica/regional mostram-se adequados para enfrentar a dinâmica competitiva internacional.

Vale lembrar que estes são os primeiros resultados trimestrais desde que a empresa anunciou mudanças em sua liderança executiva, com a posse de Pieter Klinkers como Diretor Presidente em 16 de abril de 2025.