A Paranapanema (PMAM3) anunciou nesta terça-feira, 6 de maio de 2025, que seu Conselho de Administração aprovou um aumento de capital social no valor de até R$ 1 bilhão. A medida, divulgada por meio de fato relevante, faz parte do 5º Processo de Aumento de Capital e Conversão previsto no Plano de Recuperação Judicial da companhia.

O aumento de capital será realizado por subscrição privada de ações e está dentro do limite do capital autorizado, conforme previsto no estatuto social da empresa. A homologação parcial poderá ocorrer caso o valor subscrito seja igual ou superior a R$ 1 milhão.

Segundo o comunicado, o valor homologado corresponderá ao montante total dos créditos sujeitos ao Plano a serem capitalizados na 5ª Janela do Pedido de Conversão, acrescido do valor eventualmente subscrito por titulares de direitos de subscrição após o término do prazo para exercício do direito de preferência.

A Paranapanema, maior produtora brasileira não-integrada de cobre refinado, vergalhões, fios trefilados, laminados, barras, tubos, conexões e suas ligas, está em processo de recuperação judicial desde março de 2025. O plano foi aprovado em Assembleia Geral de Credores realizada em 17 de março e homologado pelo juízo competente em 23 de abril deste ano.

O aumento de capital e seu valor definitivo ainda estão sujeitos à homologação pelo Conselho de Administração após o encerramento do prazo para exercício do direito de preferência pelos atuais acionistas. As instruções detalhadas para os titulares de direitos de subscrição estão disponíveis no site de Relações com Investidores da companhia.

A operação representa um passo importante no processo de reestruturação financeira da Paranapanema, que busca fortalecer sua posição no mercado de cobre e derivados. Esta iniciativa ocorre em meio a mudanças significativas na estrutura da companhia, que recentemente nomeou Vitor Saback como novo CEO e viu o investidor Luiz Barsi aumentar sua participação para 5% do capital social. O setor de metais não-ferrosos é considerado estratégico para diversos segmentos industriais, especialmente construção civil, energia e telecomunicações.