A Motiva (MOTV3), anteriormente conhecida como Grupo CCR, divulgou na noite desta segunda-feira, 5 de maio de 2025, seus resultados financeiros do primeiro trimestre do ano, com crescimento expressivo nos principais indicadores operacionais, além de oficializar sua mudança de marca.

A companhia registrou lucro líquido ajustado de R$ 539 milhões no período, representando um aumento de 20,2% em comparação ao mesmo trimestre do ano anterior. O EBITDA ajustado alcançou R$ 2,356 bilhões, alta de 14% na comparação anual, com expansão de margem de 3,8 pontos percentuais, chegando a 63,2%.

A receita líquida ajustada consolidada totalizou R$ 3,728 bilhões, valor 7,2% superior ao reportado no primeiro trimestre de 2024. O desempenho foi impulsionado pelo crescimento em todos os modais de operação da empresa.

No segmento de rodovias, que representa 67% do EBITDA ajustado, a companhia registrou aumento de 1% no tráfego de veículos equivalentes e crescimento de 11,3% no EBITDA. Já no segmento de trilhos, a demanda cresceu 3,3%, com EBITDA 22,5% maior. O setor de aeroportos apresentou aumento de 7,2% no número de passageiros e 10,5% no EBITDA.

Entre os destaques operacionais do trimestre, a empresa anunciou a assinatura de dois novos contratos de concessão: a Rota Sorocabana, em 7 de fevereiro, para exploração de 460 km de rodovias estaduais de São Paulo pelo prazo de 30 anos; e a PRVias (Lote 3), em 14 de abril, para operação de 569 km de rodovias federais no Paraná.

A Motiva também comunicou o encerramento de duas concessões durante o trimestre: Barcas, no Rio de Janeiro, em 11 de fevereiro, e ViaOeste, em 29 de março, ambas em razão do término dos respectivos contratos.

Um marco importante para a empresa foi a aprovação, em 23 de abril, da troca da razão social para Motiva Infraestrutura de Mobilidade S.A., oficializando a mudança de nome após 25 anos de história como CCR.

"Neste momento tão simbólico de nossa trajetória, nosso compromisso com o Brasil, com nossos milhões de clientes, milhares de acionistas e de colaboradores se renova e se reforça", afirmou Miguel Setas, presidente da companhia, na carta aos acionistas.

A empresa também anunciou o pagamento de aproximadamente R$ 320 milhões em dividendos, a partir de 6 de maio, conforme aprovado na Assembleia Geral Ordinária realizada em abril. Com esse desembolso, o payout referente ao exercício de 2024 totalizará 50%.

Os investimentos da companhia no trimestre somaram R$ 1,356 bilhão, aumento de 8,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, com destaque para obras de duplicação e reconstrução na ViaSul, afetadas pela catástrofe climática ocorrida em maio de 2024, e avanços nas obras da Serra das Araras e na região metropolitana de São Paulo.