A Minerva (BEEF3) divulgou nesta sexta-feira, 25 de abril de 2025, esclarecimentos sobre a proposta de aumento de capital de até R$ 2 bilhões que será votada em Assembleia Geral Extraordinária marcada para 29 de abril. O comunicado visa responder dúvidas de acionistas sobre os possíveis impactos na cotação das ações.

Conforme detalhado no documento, o aumento poderá chegar a R$ 2.000.000.003,32 com a subscrição particular de até 386.847.196 novas ações ordinárias, ao preço de emissão de R$ 5,17 por ação. Este valor foi fixado com base na média ponderada da cotação de fechamento das ações nos 60 pregões anteriores a 7 de abril de 2025.

A líder em exportação de carne bovina na América do Sul esclareceu o funcionamento dos direitos de subscrição (BEEF1), que serão atribuídos aos atuais acionistas, permitindo subscrever até 0,65753888989 novas ações para cada ação ordinária já detida. Estes direitos poderão ser negociados livremente no mercado.

Bônus de Subscrição como vantagem adicional

Um dos principais atrativos do aumento de capital é a emissão de bônus de subscrição (BEEF11), que serão atribuídos como vantagem adicional aos investidores que subscreverem as novas ações. A proporção será de 1 bônus para cada 2 ações subscritas, conforme regras estabelecidas anteriormente.

A Minerva enfatizou que tanto o direito de subscrição (BEEF1) quanto os bônus de subscrição (BEEF11) serão instrumentos negociáveis nos mercados regulamentados da B3, após os respectivos registros e listagens serem providenciados pela companhia.

A empresa ressaltou no comunicado que, ao contrário do que alguns investidores questionaram, a existência do BEEF1 ou do BEEF11 não são eventos que representarão ajustes automáticos na cotação das ações da companhia em bolsa.

Caso a proposta seja aprovada na assembleia do dia 29, a companhia divulgará informações detalhadas sobre o processo de aumento de capital, incluindo prazos e procedimentos para exercício dos direitos pelos investidores.

Vale lembrar que esta captação ocorre em um momento estratégico para a empresa, que registrou prejuízo de R$ 1,56 bilhão no 4T24 e vem implementando medidas para equilibrar sua estrutura financeira, como a recompra de Bonds anunciada recentemente. A Minerva também aguarda a ratificação da aquisição de ativos da Marfrig na América do Sul, tema que será discutido em assembleia no dia 30 de abril.