A Petrobras (PETR3, PETR4) concluiu as obras de modernização do Trem 1 da Refinaria Abreu e Lima (RNEST), localizada em Ipojuca, Pernambuco, conforme anunciado pela companhia nesta quinta-feira, 27 de março de 2025. O processo de revisão e ampliação (Revamp) recebeu investimentos de aproximadamente R$ 93 milhões, demonstrando o compromisso da estatal com investimentos estratégicos no país.

Com a conclusão das obras, a capacidade de processamento da unidade passa de 115 mil para 130 mil barris de petróleo por dia, representando um aumento de 13% na capacidade produtiva. A estatal destacou que este marco finaliza as ampliações previstas para o atual Trem de Refino em operação.

A RNEST se destaca no cenário nacional por apresentar a maior taxa de conversão de petróleo cru em diesel (70%) entre todas as refinarias brasileiras. Este índice reforça a importância estratégica da unidade para o abastecimento do mercado interno de combustíveis, contribuindo para a solidez econômica da companhia que recolheu R$ 270,3 bilhões em tributos em 2024.

Expansão futura e impacto ambiental

Quando todo o escopo do projeto for concluído, incluindo a unidade SNOX, o Revamp do Trem 1 e a construção do Trem 2, a refinaria atingirá capacidade total de processar 260 mil barris de petróleo diariamente. Este aumento proporcionará um acréscimo na produção nacional de diesel S-10 na ordem de 13 milhões de litros por dia, ampliando a capacidade produtiva da Petrobras que já registrou recordes em campos como Búzios.

Em dezembro de 2024, a Petrobras deu partida na unidade SNOX da RNEST, a primeira do tipo no refino brasileiro. Esta instalação é responsável por reduzir emissões de óxido de enxofre (SOx) e óxido de nitrogênio (NOx), além de produzir ácido sulfúrico, um novo produto comercializado pela refinaria.

A estatal informou que está em andamento o processo de contratação para conclusão das obras do Trem 2, que adicionará capacidade de mais 130 mil barris por dia à RNEST, dobrando a capacidade atual da refinaria quando concluído. Este projeto faz parte do plano de expansão da capacidade de refino da companhia, que tem demonstrado solidez financeira com a distribuição de dividendos aos acionistas mesmo após registrar lucro de R$ 36,6 bilhões em 2024.