A Equatorial Energia (EQTL3) divulgou nesta quarta-feira (26) seus resultados financeiros do quarto trimestre de 2024, reportando um lucro líquido de R$ 1,503 bilhão, crescimento de 51,8% em comparação ao mesmo período de 2023. O desempenho foi impulsionado principalmente por ganhos tributários de R$ 837 milhões registrados no trimestre.

O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado ajustado atingiu R$ 3,2 bilhões, representando um aumento de 16,2% em relação ao quarto trimestre do ano anterior. O resultado foi favorecido pela equivalência patrimonial da Sabesp, que adicionou R$ 263 milhões ao trimestre.

A receita operacional líquida da companhia totalizou R$ 12,6 bilhões, alta de 12,2% em comparação ao 4T23. No acumulado de 2024, a receita alcançou R$ 45,4 bilhões, crescimento de 10,7% em relação ao ano anterior.

Um dos destaques operacionais foi o enquadramento das perdas totais consolidadas no nível regulatório pelo quinto trimestre consecutivo, incluindo a CEA (Companhia de Eletricidade do Amapá), que atingiu o limite regulatório pela primeira vez. A empresa também registrou melhorias na qualidade operacional, com redução do DEC (Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora) em Goiás (-2,6h), no Piauí (-2,2h), na CEEE-D (-1,4h) e no Maranhão (-0,6h).

Em relação à política de remuneração aos acionistas, a Equatorial anunciou proventos totais declarados de R$ 987 milhões, equivalente a R$ 0,79 por ação, valor 75% superior aos R$ 516 milhões (R$ 0,45 por ação) declarados no período anterior. Parte destes proventos foram posteriormente utilizados pelos acionistas durante o período de subscrição de aumento de capital realizado em fevereiro de 2025.

A companhia manteve a relação dívida líquida/EBITDA em 3,3x, mesmo patamar registrado no 4T23, demonstrando estabilidade em seus indicadores financeiros. A disponibilidade de caixa atingiu R$ 13,7 bilhões no período, com uma relação caixa/dívida de curto prazo de 2,2x, posição que permitiu à empresa, posteriormente, realizar uma amortização extraordinária de R$ 1,5 bilhão em notas comerciais escriturais em março de 2025.

Os investimentos consolidados no trimestre somaram R$ 2,7 bilhões, com aumento expressivo no segmento de Distribuição, que cresceu 29% em relação ao 4T23, totalizando R$ 2,6 bilhões. Este crescimento reflete os investimentos em expansão, qualidade e redução de perdas na rede.

Em decisões estratégicas, o Conselho de Administração aprovou a renovação das concessões do Maranhão e do Pará em 25 de março, além do recurso contra o indeferimento da Revisão Tarifária Extraordinária (RTE) da Equatorial Piauí de 2019.

A empresa também aprovou um aumento de capital via subscrição privada no valor de R$ 111 milhões em 7 de janeiro de 2025, em montante equivalente aos Juros sobre Capital declarados em dezembro, tendo sido totalmente subscrito e integralizado. Este processo foi concluído com sucesso, atingindo 98,87% de adesão dos acionistas, seguido por outro aumento de capital de R$ 5,6 milhões resultante do exercício parcial do Quinto Plano de Opções da companhia.