BlackRock reduz participação e detém 2,22% das ações da Cosan (CSAN3)
Gestora global informou alienação de ações e agora mantém posição abaixo de 3% na companhia brasileira

A Cosan (CSAN3) informou ao mercado nesta quarta-feira, 5 de março de 2025, que recebeu notificação da BlackRock sobre a redução de sua participação acionária na companhia. A gestora global de investimentos alienou parte de suas ações e agora detém aproximadamente 2,222% do total de ações ordinárias da empresa.
De acordo com o comunicado, a BlackRock passou a deter, em 28 de fevereiro de 2025, um total de 41.485.758 ações ordinárias da Cosan, considerando tanto as ações listadas na B3 quanto os American Depositary Receipts (ADRs) negociados na Bolsa de Nova York (NYSE).
Além das ações, a gestora também possui 13.628.402 instrumentos financeiros derivativos referenciados em ações ordinárias com liquidação financeira, representando aproximadamente 0,730% do capital total da companhia.
A notificação foi realizada em cumprimento ao Artigo 12 da Resolução CVM nº 44/21, que exige a divulgação de movimentações relevantes por parte de investidores institucionais. O documento, assinado por Renata Cardoso, representante da BlackRock, destaca que o objetivo das participações é estritamente de investimento.
A gestora americana também informou que não celebrou contratos ou acordos que regulem o exercício de direito de voto ou a compra e venda de valores mobiliários emitidos pela Cosan, reforçando a natureza estritamente financeira de seu investimento.
A movimentação da BlackRock ocorre em um momento de importantes mudanças estratégicas para a Cosan, que recentemente concluiu ofertas de recompra de dívidas totalizando US$778,5 milhões em senior notes. A companhia também divulgou resultados preliminares não auditados do quarto trimestre de 2024, quando registrou prejuízo de R$ 1,6 bilhão, impactada principalmente pelo impairment de seu investimento na Vale.
Vale lembrar que a empresa adiou a divulgação de suas demonstrações financeiras auditadas de 2024 para 10 de março, embora tenha mantido a disponibilização de dados preliminares não auditados em fevereiro. No mercado, também circularam recentemente especulações sobre possível venda de ativos para redução de seu endividamento.
Leia também
Mais Lidas da Semana
1