O Banco do Estado do Rio Grande do Sul - Banrisul (BRSR3, BRSR5, BRSR6) divulgou nesta quinta-feira, 15 de maio de 2025, seus resultados financeiros referentes ao primeiro trimestre do ano, registrando lucro líquido de R$ 241,5 milhões. O montante representa um crescimento de 28,8% em relação ao mesmo período de 2024, quando o banco havia reportado lucro de R$ 187,6 milhões.

Na comparação com o trimestre anterior, no entanto, o resultado apresentou queda de 15,0%. O retorno sobre o patrimônio líquido médio anualizado (ROAE) atingiu 9,3% no período, um aumento de 1,6 ponto percentual em relação ao primeiro trimestre de 2024, mas 1,7 ponto percentual abaixo do registrado no último trimestre de 2024.

A carteira de crédito expandida totalizou R$ 64,0 bilhões, com crescimento expressivo de 18,6% na comparação anual e avanço de 2,0% no trimestre. Com 73,3% da carteira de pessoa física colateralizada, o banco mantém perfil conservador na concessão de crédito.

O destaque no segmento de pessoa física foi o crédito pessoal, com alta de 33,0% em 12 meses e 9,5% no trimestre. Na pessoa jurídica, houve crescimento de 9,2% na carteira comercial. As operações de câmbio apresentaram aumento significativo de 86,2% na comparação anual.

A margem financeira do Banrisul atingiu R$ 1.514,5 milhões no período, alta de 8,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. O custo de crédito ficou em 1,4%, apresentando redução de 0,4 ponto percentual em 12 meses, indicando melhora na qualidade do crédito, o que corrobora a recente elevação de rating pela Moody's concedida à instituição em abril.

Os ativos totais do banco somaram R$ 151,3 bilhões ao final de março, crescimento de 17,0% em 12 meses. A captação total alcançou R$ 98,5 bilhões, expansão de 14,1% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Na estrutura da captação, os depósitos a prazo representam 64,8% do total, seguidos por poupança (11,3%) e depósitos judiciais e administrativos (8,7%). O índice de Basileia encerrou o trimestre em 15,8%, com o nível I representando 12,8% desse total.

As despesas administrativas totalizaram R$ 1.159,4 milhões, aumento de 4,1% em relação ao mesmo período de 2024, enquanto as receitas de prestação de serviços cresceram 2,7%, atingindo R$ 549,9 milhões.

O índice de inadimplência (operações vencidas entre 90 e 360 dias) ficou em 2,1% em março de 2025, enquanto a cobertura para operações no estágio 3 alcançou 64,1%, demonstrando provisionamento adequado para possíveis perdas.

Os resultados positivos do primeiro trimestre reforçam a saúde financeira da instituição, que recentemente anunciou a distribuição de dividendos complementares no valor de R$35,98 milhões referentes ao exercício de 2024, aprovados em Assembleia Geral Ordinária realizada em 29 de abril.