Aeris (AERI3) conclui refinanciamento de 90% de suas dívidas
Fabricante de equipamentos para energia eólica renegocia passivos com bancos comerciais até 2030, garantindo liquidez operacional

A Aeris (AERI3), fabricante de equipamentos para geração de energia, anunciou nesta segunda-feira, 12 de maio de 2025, a conclusão do refinanciamento de 90% de sua dívida total, melhorando significativamente sua estrutura de capital. A companhia celebrou instrumentos de crédito com o Banco do Brasil, Banco Votorantim e Santander nos dias 8 e 9 de maio.
O refinanciamento com os bancos comerciais, somado à repactuação das debêntures da 1ª e 2ª emissões anunciada em março, marca o fim do processo de reperfilamento do passivo financeiro da empresa. Esta reestruturação assegura a liquidez necessária para a operação da Aeris nos próximos anos.
Os novos termos dos instrumentos financeiros estabelecem vencimento final para 30 de março de 2030, com taxa de juros correspondente ao CDI + 2% ao ano em 2025, subindo para CDI + 3% ao ano a partir de 2026. O pagamento trimestral dos juros remuneratórios começará apenas em março de 2027.
Durante o período de carência, os juros incorridos nos anos de 2025 e 2026 serão incorporados ao principal e pagos conforme o cronograma de amortização. A Aeris iniciará o pagamento trimestral do principal somente a partir de dezembro de 2027.
A companhia enfatizou que não houve qualquer novo desembolso financeiro nesta operação, tratando-se exclusivamente do refinanciamento de dívidas já existentes junto aos bancos comerciais. A medida representa um passo importante para melhorar a performance financeira e operacional da fabricante de equipamentos para o setor eólico, que reportou prejuízo de R$ 94,5 milhões no primeiro trimestre de 2025.
Após o anúncio, a Aeris reforçou sua expectativa de que as medidas de reestruturação de dívida contribuirão para fortalecer sua posição no mercado de equipamentos para geração de energia renovável, setor que vem apresentando crescente demanda no Brasil e no exterior. Estas ações de refinanciamento eram aguardadas pelo mercado, especialmente após a companhia ter projetado prejuízo para 2025, seguindo as perdas expressivas registradas no ano anterior.
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