CSN registra prejuízo de R$ 1,5 bilhão em 2024 com EBITDA de R$ 10,2 bilhões
Empresa obteve EBITDA de R$ 3,3 bilhões no 4T24, alta de 46% em relação ao trimestre anterior, apesar da sazonalidade desfavorável

A Companhia Siderúrgica Nacional - CSN (CSNA3) anunciou nesta quarta-feira, 12 de março de 2025, seus resultados financeiros do quarto trimestre e do ano fiscal de 2024, reportando prejuízo líquido anual de R$ 1,5 bilhão, revertendo o lucro de R$ 402,6 milhões registrado em 2023.
Apesar do resultado negativo, a companhia destacou a evolução do EBITDA Ajustado, que atingiu R$ 3,3 bilhões no 4T24, representando um crescimento expressivo de 46% em comparação ao terceiro trimestre. A margem EBITDA ajustada alcançou 26,8%, uma expansão de 7,1 pontos percentuais. No acumulado do ano, o EBITDA somou R$ 10,2 bilhões, com margem de 22,4%.
O segmento de Mineração foi um dos principais destaques no trimestre, com EBITDA Ajustado de R$ 2,0 bilhões e margem ultrapassando 50%, beneficiado pela recuperação nos preços do minério de ferro, que compensou o impacto do período chuvoso no volume de produção.
A divisão de Cimentos registrou seu melhor desempenho histórico, com EBITDA de R$ 386 milhões e margem ajustada de 33% no 4T24, resultado da estratégia de aumento de preços, gestão de custos e otimização logística, que compensou o menor volume de vendas sazonal.
Na Siderurgia, a CSN apresentou recuperação significativa, com EBITDA Ajustado de R$ 655,9 milhões e margem de 10,6% no último trimestre, representando o melhor resultado dos últimos sete trimestres, com aumento de 4,2 pontos percentuais em relação ao 3T24.
A Receita Líquida consolidada totalizou R$ 12,0 bilhões no 4T24, crescimento de 8,7% em relação ao trimestre anterior, impulsionada principalmente pela melhor realização de preços na mineração e pelo desempenho comercial da siderurgia, que registrou aumento de 10,4% no volume de vendas em comparação ao 4T23.
Quanto ao endividamento, a dívida líquida consolidada alcançou R$ 35,7 bilhões em 31 de dezembro de 2024, com o indicador de alavancagem (Dívida Líquida/EBITDA) atingindo 3,49x. A companhia reforçou seu compromisso com a desalavancagem, destacando que, desconsiderando o efeito pontual da variação cambial, a alavancagem seria de 3,24x.
O fluxo de caixa ajustado foi negativo em R$ 1,7 bilhão no trimestre, refletindo o impacto das despesas financeiras decorrentes da variação cambial e um patamar mais elevado de investimentos, característico do final do ano. Apesar disso, vale destacar que a empresa realizou investimentos ambientais recordes em 2024, demonstrando compromisso com sua agenda ESG mesmo em um cenário financeiro desafiador. A CSN encerrou 2024 com disponibilidades recordes de R$ 24,9 bilhões.
Para 2025, a companhia mantém perspectivas positivas, destacando a normalização operacional na siderurgia, o forte desempenho da mineração mesmo com preços inferiores e a rentabilidade recorde do segmento de cimentos como bases para a melhoria gradual dos resultados nos próximos trimestres. No entanto, os investidores devem ficar atentos ao contencioso sobre participação na Usiminas, que pode impactar a estratégia da empresa no médio prazo.
CSNA3: cotação e indicadoresCompanhia Siderúrgica Nacional - CSN
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