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Energisa (ENGI11) registra lucro de R$ 1,02 bilhão no 1T25

Resultado representa queda de 9,5% na comparação anual; EBITDA ajustado recorrente recuou 15,8%

por Redação — Visno Invest
publicado em: 08/05/2025 21:45 — atualizado em: .
Resultado representa queda de 9,5% na comparação anual; EBITDA ajustado recorrente recuou 15,8%

A Energisa (ENGI11) divulgou nesta quinta-feira, 8 de maio de 2025, seus resultados financeiros do primeiro trimestre, reportando lucro líquido de R$ 1.026,7 milhões, o que representa uma queda de 9,5% em comparação ao mesmo período do ano anterior. O lucro líquido da controladora foi de R$ 775,7 milhões, recuo de 14% em relação ao 1T24.

O EBITDA ajustado recorrente (que exclui VNR, EBITDA societário da transmissão e efeitos não caixa e não recorrentes) totalizou R$ 1.857,8 milhões no período, uma redução de 15,8% (R$ 347,9 milhões) na comparação anual. Segundo a companhia, o resultado foi influenciado principalmente pelos reajustes tarifários com efeitos negativos no EBITDA do segmento de distribuição de energia.

A receita operacional bruta alcançou R$ 11.441,6 milhões, avanço de 2,1% em relação ao primeiro trimestre de 2024. Já a receita operacional líquida sem receita de construção somou R$ 6.921,7 milhões, crescimento de 4,4% na comparação anual.

No segmento de distribuição de energia elétrica, a venda de energia (mercado cativo + TUSD) aumentou 1,3% no 1T25 em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo 10.665,0 GWh. A empresa destacou que essa expansão ocorreu frente a uma base elevada em março de 2024, que havia crescido 11,9% no 1T24, a maior taxa em 21 anos.

O PMSO recorrente do segmento de distribuição cresceu apenas 1,2%, ficando abaixo da inflação na comparação com o 1T24. Já no segmento de transmissão de energia elétrica, a margem EBITDA Regulatório atingiu 85%, refletindo aumento de receita e redução expressiva de PMSO.

O resultado do período foi afetado por efeitos não recorrentes e/ou não-caixa. Entre os destaques, a provisão da RTE da Energisa Rondônia trouxe efeito positivo de R$ 177,0 milhões, referente à Revisão Tarifária Extraordinária de 2019, deliberada pela Aneel em 25 de março de 2025. Por outro lado, a marcação a mercado da carteira da Energisa Comercializadora representou efeito negativo não-caixa de R$ 74,4 milhões.

O endividamento líquido da companhia alcançou R$ 26.218,9 milhões ao final de março, representando aumento de 14,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Com isso, a relação dívida líquida por EBITDA ajustado covenants foi de 3,2x.

A Energisa informou ainda que no segmento de geração distribuída, seu portfólio permaneceu com 117 usinas solares em operação no primeiro trimestre, totalizando 441 MWp de potência instalada. Os indicadores de churn e inadimplência neste segmento apresentaram melhora significativa, com redução de 1,2% e 2,2%, respectivamente.

No segmento de distribuição de gás natural, a ES Gás apresentou margem bruta de R$ 57,5 milhões, queda de 9,6% (R$ 6,1 milhões) em relação ao 1T24, impactada por efeitos não recorrentes do preço de gás de ultrapassagem e pela sazonalidade da demanda nos setores de siderurgia e mineração. Esta performance ocorre enquanto a empresa segue com seu plano de investir R$ 1 bilhão em gás natural no ES até 2030 e após o recente reajuste tarifário de 6,85% aprovado no final de abril.

ENGI11: cotação e indicadores
Energisa

Preço
R$ 45,05
Dividend Yield
6,44 %
P/L
5,62
P/VPA
1,14

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