São Carlos (SCAR3) reduz prejuízo para R$6,7 milhões no 1T25
Empresa registra crescimento de 26,9% no EBITDA recorrente e melhora operacional, apesar de portfólio menor

A São Carlos Empreendimentos e Participações (SCAR3) divulgou nesta quinta-feira, 8 de maio de 2025, seus resultados financeiros referentes ao primeiro trimestre de 2025, com redução no prejuízo líquido para R$6,7 milhões, uma melhora de 37% frente ao prejuízo de R$10,7 milhões registrado no mesmo período de 2024.
O EBITDA recorrente atingiu R$30,8 milhões, crescimento de 16,6% em relação ao 1T24. Considerando a mesma base de ativos, o aumento foi ainda mais expressivo, de 26,9%, impulsionado pela maior ocupação dos imóveis e gestão eficiente das despesas, que apresentaram redução de 23,1% frente ao mesmo trimestre do ano anterior.
O Net Operating Income (NOI) consolidado alcançou R$38,9 milhões, com margem de 85,1%, representando um crescimento de 6,4% em comparação ao 1T24. Na mesma base de ativos, o NOI cresceu 21,3%, resultado da combinação de maior ocupação e eficiência em custos.
A receita bruta recorrente totalizou R$46,9 milhões no trimestre, 10,2% acima do 1T24 na mesma base de ativos. Esse crescimento ocorreu apesar da venda de 18 imóveis nos últimos 12 meses, com destaque para o segmento Office, que apresentou aumento de 14% nas receitas.
A vacância física do portfólio encerrou o 1T25 em 20,9%, redução de 2,4 pontos percentuais em relação ao 1T24. No segmento Office, foram assinados 9 contratos de locação no trimestre, totalizando 4,3 mil m² de ABL, enquanto na Best Center foram realizados 19 contratos, somando 3,0 mil m² de ABL.
No primeiro trimestre, a companhia vendeu uma loja de rua por R$12,5 milhões e um centro de conveniência por R$4,8 milhões, com cap rate conjunto de 6,8%. Em abril, como evento subsequente ao trimestre, foi concluída a venda de mais uma loja de rua por R$12,6 milhões.
Em janeiro de 2025, a São Carlos realizou o pagamento de dividendos no montante de R$100 milhões, referente ao resultado de anos anteriores, totalizando R$200 milhões distribuídos nos últimos 12 meses, equivalente a um dividend yield de 16,5%. Este valor se mantém consistente com a política de distribuição implementada em 2024.
A dívida líquida da companhia encerrou o trimestre em R$609,5 milhões, representando 17,5% do valor do portfólio avaliado em R$3,5 bilhões. O NAV (Net Asset Value) atingiu R$2,9 bilhões, equivalente a R$50,2 por ação.
O mercado de escritórios em São Paulo e no Rio de Janeiro apresentou redução das taxas de vacância para 18,4% e 27,4%, respectivamente, queda de 0,5 p.p. e 0,7 p.p. em relação ao trimestre anterior, indicando trajetória de recuperação no setor.
Este resultado trimestral reflete a continuidade da estratégia de reciclagem de ativos que a companhia vem implementando, com a venda seletiva de propriedades e foco na maximização do valor do portfólio.
SCAR3: cotação e indicadoresSão Carlos Empreendimentos e Participações
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