A EcoRodovias (ECOR3) divulgou nesta quinta-feira, 8 de maio de 2025, seus resultados financeiros referentes ao primeiro trimestre do ano (1T25). A companhia registrou lucro líquido de R$146,7 milhões, valor 36,6% menor que o obtido no mesmo período de 2024, quando alcançou R$231,4 milhões.

Apesar da queda no lucro, a receita líquida ajustada cresceu 9,7%, atingindo R$1.668,8 milhões. O EBITDA ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) totalizou R$1.254,9 milhões, alta de 15,3% na comparação anual, com margem EBITDA ajustada de 75,2%, aumento de 3,7 pontos percentuais.

De acordo com a concessionária, o desempenho operacional robusto impulsionou o EBITDA ajustado, enquanto os investimentos em expansão e o cenário de juros elevados impactaram negativamente o resultado final. A empresa destacou que o aumento da depreciação e amortização, em razão do incremento da base de ativos, e o resultado financeiro, em função do aumento do endividamento, taxa de juros e IPCA, foram os principais fatores para a redução do lucro.

O tráfego consolidado cresceu 7,0% no trimestre, impulsionado principalmente pelo início da arrecadação de pedágio pela Ecovias Noroeste Paulista, a partir de 4 de março, e pela Ecovias Raposo Castello, a partir de 30 de março. Excluindo essas novas operações, o tráfego comparável apresentou aumento de 6,0%.

Destaque para o crescimento do tráfego comparável de veículos pesados, que aumentou 8,0%, com desempenho notável na Ecovias Leste Paulista (+22,0%) e na Ecovias Norte Minas (+15,5%). Já o tráfego comparável de veículos leves apresentou aumento de 3,3% no período.

A empresa também registrou redução de 3,6% nos custos caixa ajustados no trimestre. A relação custos caixa/receita líquida ajustada atingiu 24,9%, representando uma redução de 2,6 pontos percentuais em relação a 2024 (27,5%) e 10,4 pontos percentuais em relação a 2022 (35,3%).

No campo dos investimentos, o capex da EcoRodovias totalizou R$943,5 milhões no 1T25, aumento de 17,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os recursos foram destinados principalmente às obras de ampliação da capacidade e melhorias das concessões rodoviárias, com destaque para as entregas de 13 km de duplicações, faixas adicionais e vias marginais.

A alavancagem da companhia, medida pela relação entre dívida líquida e EBITDA ajustado, encerrou março de 2025 em 3,9x, aumento de 0,5x em relação a dezembro de 2024 (3,4x). Segundo a empresa, este aumento deve-se principalmente à primeira emissão de debêntures da Ecovias Raposo Castello para pagamento da outorga fixa ao poder concedente.

Entre os destaques operacionais do período, a EcoRodovias mencionou o foco em eficiência operacional, transformação digital e inovação, com a implantação de cabines autônomas para arrecadação de pedágio e a integração do Centro de Controle Operacional da Ecovias Raposo Castello ao Núcleo São Paulo de Operações.