A Wilson Sons (PORT3), maior operador integrado de logística portuária e marítima do Brasil, anunciou nesta quarta-feira, 7 de maio de 2025, seus resultados financeiros auditados referentes ao primeiro trimestre de 2025. O lucro líquido atingiu R$194,6 milhões, representando um expressivo aumento de 84,9% em comparação ao mesmo período do ano anterior.

A receita líquida da companhia totalizou R$767,3 milhões no trimestre, um crescimento de 19,7% em relação aos R$640,9 milhões registrados no 1T24. Em dólares, a receita cresceu 1,5%, refletindo o impacto da desvalorização do real no período.

O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu o valor recorde de R$366,4 milhões, um aumento de 29,8% na comparação anual. A margem EBITDA avançou 3,8 pontos percentuais, alcançando 47,8%, refletindo ganhos de escala no negócio de terminais de contêiner.

O desempenho dos terminais de contêineres foi destaque com crescimento de 12,1% no EBITDA, impulsionado pelo forte aumento nos fluxos de transbordo e importação, que resultou em um crescimento de 24,5% nos volumes agregados. Este crescimento segue a tendência já observada no trimestre, quando a empresa registrou alta de 23,5% na movimentação de contêineres no 1T25. O terminal de Rio Grande foi incluído na rotação do serviço de longo curso Carioca da MSC, ampliando sua conectividade com os mercados asiáticos.

A divisão de rebocadores registrou aumento de 33,7% no EBITDA, beneficiada por volumes maiores, melhor mix de serviços e ganhos com operações especiais. O crescimento de 4,1% no volume deve-se principalmente ao maior número de navios transportando contêineres, grãos e fertilizantes.

Os serviços de embarcações de apoio offshore apresentaram crescimento de 17,2% no EBITDA, com maior utilização da frota e tarifas diárias mais elevadas, embora os dias operacionais tenham recuado 5,1% devido ao aumento de períodos entre contratos.

A empresa anunciou dividendo intermediário referente ao 1T25 no valor de R$0,29 por ação, totalizando R$125,9 milhões, com pagamento previsto até 19 de maio de 2025. Esta distribuição está alinhada com o padrão de remuneração aos acionistas que a companhia já havia anunciado previamente.

O relatório também destaca que segue em andamento o processo de mudança de controle acionário da companhia. Em outubro de 2024, o acionista controlador celebrou acordo para vender sua participação na Wilson Sons para uma subsidiária da MSC, líder global em transporte marítimo e logística. A operação, que já recebeu aprovação sem restrições do CADE e autorização do BNDES, permanece sujeita à aprovação da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) e está prevista para o 2T25.

Em termos de endividamento, a dívida bancária totalizou R$1.606,4 milhões, uma queda de 6,2% em comparação a dezembro de 2024. A alavancagem medida pela razão entre dívida bancária líquida e EBITDA caiu de 1,0x para 0,8x, refletindo o aumento do lucro operacional.

A empresa destacou ainda que sua segurança no trabalho continua superando a referência mundial de excelência, registrando 0,28 acidentes com afastamento por milhão de horas trabalhadas, em comparação com o benchmark de 0,50.