A PDG Realty (PDGR3) divulgou nesta segunda-feira, 31 de março de 2025, seus resultados financeiros relativos ao quarto trimestre e ao exercício de 2024, registrando um prejuízo líquido de R$ 430 milhões no acumulado do ano. A empresa, que recentemente viu mudanças em sua estrutura acionária, segue em processo de reorganização financeira.

Apesar do resultado negativo, a companhia apresentou melhora em importantes indicadores operacionais. As vendas brutas totalizaram R$ 131,5 milhões em 2024, representando um aumento de 90% em relação ao ano anterior. Excluindo as dações em pagamento, o crescimento foi de 86% no comparativo anual.

As vendas líquidas alcançaram R$ 93,4 milhões, um expressivo avanço de 443% em relação a 2023. A empresa também conseguiu reduzir o volume de distratos em 27% no período.

O lucro bruto foi de R$ 3,0 milhões em 2024, com margem de 2,5%, enquanto as despesas gerais e administrativas tiveram redução de 35% na comparação com o ano anterior, refletindo os esforços de controle de custos.

No processo de desalavancagem, a PDG reportou redução de R$ 53 milhões (4%) na dívida concursal ao longo de 2024, principalmente devido ao pagamento por meio da conversão de créditos em ações e dações de unidades. Já a dívida extraconcursal diminuiu R$ 23 milhões (5%) no quarto trimestre.

No segmento operacional, a empresa destacou que o empreendimento ix.Tatuapé, lançado no 4T22, atingiu 44% de execução física ao final de 2024, seguindo os parâmetros de qualidade, custo e cronograma estabelecidos. O projeto ix.Santana, lançado no 4T23, segue em fase de preparação para início das obras.

A incorporadora também implementou novas iniciativas comerciais em 2024, como o programa PERSONALix de personalização de apartamentos, que obteve 100% da meta de vendas de kits e uma taxa de conversão de 47% dos clientes, e o lançamento de um aplicativo exclusivo para gestão imobiliária.

Em setembro de 2024, a PDG concluiu um aumento de capital de R$ 416,4 milhões por meio da conversão de dívidas concursais em ações, em conformidade com seu Plano de Recuperação Judicial, contribuindo para a melhoria dos indicadores financeiros da empresa. Esse movimento ocorreu após outras reestruturações societárias, incluindo movimentações relevantes de investidores no capital da companhia.