A Wilson Sons (PORT3) divulgou nesta quarta-feira, 19 de março de 2025, seus resultados financeiros de 2024, registrando um lucro líquido de R$488,6 milhões, aumento de 20,7% em relação ao ano anterior. A receita líquida da companhia cresceu 20,5%, totalizando R$2.925,9 milhões.

O EBITDA atingiu o valor recorde de R$1.335,8 milhões, representando um aumento de 28,6% em comparação a 2023. A margem EBITDA melhorou 2,9 pontos percentuais, refletindo ganhos de escala no negócio de terminais de contêineres.

Os terminais de contêineres foram destaque nos resultados, com aumento de 39,1% no EBITDA, impulsionado pelo crescimento expressivo nos fluxos de transbordo e gateway. O volume total de contêineres movimentados aumentou 28,8%, atingindo máxima histórica, seguindo a tendência já observada nos dados operacionais de fevereiro, quando a empresa registrou alta de 22,6% na movimentação.

A divisão de rebocadores também apresentou desempenho positivo, com incremento de 15,4% no EBITDA, beneficiada por volumes maiores, melhoria no mix de receita e ganhos com serviços ad-hoc. O volume de manobras portuárias cresceu 3,3%.

No segmento de embarcações de apoio offshore, o EBITDA aumentou 41,2%, impulsionado pela maior utilização da frota e pelo aumento das taxas diárias. O número de dias em operação subiu 9,2%, refletindo novos contratos e renovações.

A empresa declarou dividendo intermediário proveniente da reserva de lucros de R$0,28 por ação, totalizando R$125,6 milhões, com pagamento previsto até 28 de março de 2025, complementando os montantes intermediários já distribuídos. Esta distribuição foi aprovada pelo Conselho no dia anterior à divulgação dos resultados.

"Nosso desempenho excepcional em 2024 destaca o forte crescimento orgânico em todo o nosso portfólio", afirmou Fernando Salek, CEO da Wilson Sons, em comunicado.

A empresa também informou que, em outubro de 2024, seu acionista controlador concordou em vender a totalidade de sua participação a uma subsidiária da MSC, líder global em transporte marítimo e logística. O fechamento da operação, que já recebeu aprovação do CADE, está previsto para o segundo ou terceiro trimestre de 2025, sujeito às condições usuais e aprovações regulatórias.

Após o fechamento dessa transação, o comprador lançará uma oferta pública obrigatória para a aquisição das ações restantes da companhia pelo mesmo preço e nas mesmas condições oferecidas ao vendedor.