A Telefônica Brasil (VIVT3) anunciou nesta quinta-feira, 13 de março de 2025, que sua Assembleia Geral Extraordinária (AGE) aprovou o grupamento da totalidade das ações ordinárias da companhia na proporção de 40 para 1, seguido de desdobramento para que cada ação grupada corresponda a 80 ações.

Segundo o fato relevante divulgado pela operadora, a medida não alterará o valor do capital social da companhia, apenas o número total de ações. Os acionistas terão entre 14 de março e 14 de abril de 2025 para compor suas posições em lotes inteiros múltiplos de 40 ações.

A operação será efetivada em 15 de abril, quando o capital social passará a ser dividido em 3.261.287.392 ações ordinárias sem valor nominal. A partir desta data, as ações serão negociadas na condição de ex-grupamento e ex-desdobramento.

As frações de ações que permanecerem após o período de ajuste serão agrupadas e vendidas em leilão na B3. O produto líquido obtido será distribuído proporcionalmente entre os titulares das frações, de acordo com procedimentos específicos para acionistas com dados cadastrais completos, com ações depositadas na Central Depositária da B3 ou sem dados cadastrais completos.

A Telefônica Brasil destacou que a iniciativa visa "conferir maior liquidez às ações e, consequentemente, melhorar o processo de formação do seu preço", além de reduzir custos operacionais e administrativos, proporcionar maior eficiência na gestão da base acionária e na distribuição de proventos aos acionistas. Esta medida se soma a outras ações recentes de otimização de capital da companhia, como o programa de recompra de R$ 1,75 bilhão e a redução de capital que prevê o pagamento de R$ 1,22 por ação.

A operação não resultará em alteração da quantidade total de American Depositary Receipts (ADRs) negociados no mercado americano, mas cada ADR passará a representar duas ações ordinárias da companhia, em vez da proporção atual.

A empresa informou que divulgará oportunamente a data do leilão das frações e quando os recursos resultantes serão disponibilizados aos acionistas que possuírem frações de ações após o período de ajuste.

Essa reorganização societária ocorre após a Telefônica Brasil ter registrado lucro de R$ 5,5 bi em 2024 e em meio a um período de importantes movimentações financeiras, incluindo o pagamento de R$ 2,25 bilhões em JSCP programado para abril de 2025. Recentemente, as ações da companhia apresentaram oscilações atípicas no mercado, o que pode refletir as expectativas dos investidores em relação a essas iniciativas.