A Telefônica Brasil (VIVT3) anunciou nesta terça-feira, 25 de fevereiro de 2025, a aprovação de um novo programa de recompra de ações ordinárias no valor de até R$ 1,75 bilhão. A decisão foi tomada pelo Conselho de Administração da companhia, que também deliberou sobre o encerramento do programa anterior.

O novo programa terá início em 26 de fevereiro de 2025 e término em 25 de fevereiro de 2026, permitindo a aquisição de até 34.676.589 ações ordinárias. Segundo o comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), as operações serão realizadas a preços de mercado na B3.

De acordo com a operadora, o objetivo da recompra é a manutenção das ações em tesouraria, posterior cancelamento ou alienação, sem redução do capital social. A empresa destacou que a iniciativa visa "incrementar valor aos acionistas pela aplicação eficiente dos recursos disponíveis em caixa, otimizando a alocação de capital da Companhia". Esta medida se soma a outras ações recentes de remuneração aos acionistas, como o pagamento de R$ 2,25 bilhões em JSCP programado para abril de 2025.

A recompra será efetuada mediante a utilização de recursos disponíveis em reserva estatutária de lucros, podendo ser usado também o resultado apurado no exercício social em curso, conforme previsto na Resolução CVM 77/2022. A disponibilidade desses recursos reflete o desempenho financeiro sólido da companhia, que registrou lucro líquido de R$ 5,5 bilhões em 2024.

Simultaneamente, a Telefônica Brasil encerrou o programa de recompra que estava em vigor desde 4 de março de 2024, em virtude da utilização do valor máximo de recursos previsto. Durante sua vigência, foram adquiridas 29.973.900 ações ordinárias, das quais 21.944.664 foram canceladas em 20 de dezembro de 2024.

As operações de recompra no âmbito do novo programa serão intermediadas por cinco instituições financeiras: Ágora Corretora (Bradesco), BTG Pactual, Citigroup Global Markets Brasil, Itaú Corretora e Morgan Stanley.

A Telefônica Brasil é a controladora da marca Vivo no país e possui ações listadas na B3 (VIVT3) e na Bolsa de Nova York (VIV). A empresa tem implementado diversas mudanças societárias nos últimos meses, incluindo uma redução de capital que prevê o pagamento de R$ 1,22 por ação aos investidores e uma operação de grupamento e desdobramento de ações que visa aumentar a liquidez dos papéis. Recentemente, as ações da companhia apresentaram oscilações atípicas no mercado, o que pode refletir as expectativas dos investidores em relação a essas iniciativas de otimização de capital.