A Arezzo (AZZA3) divulgou nesta terça-feira, 11 de março de 2025, seus resultados financeiros referentes ao quarto trimestre de 2024. A companhia, agora denominada Azzas 2154 após a fusão com o Grupo SOMA, registrou lucro líquido recorrente de R$ 169 milhões no período.

A receita bruta alcançou R$ 4,2 bilhões no 4T24, representando um crescimento de 15,1% em comparação ao mesmo período do ano anterior. O EBITDA recorrente (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) totalizou R$ 443 milhões, um avanço de 4,0% frente ao 4T23.

A margem EBITDA recorrente ficou em 13,0%, apresentando uma queda de 120 pontos-base em relação ao mesmo período de 2023. Segundo a empresa, o resultado foi impactado pela aprovação da Lei 14.789/23, que passou a tributar IRPJ e CSLL sobre subvenções de ICMS. Excluindo esses efeitos, o lucro líquido recorrente seria de R$ 242 milhões.

No acumulado do ano de 2024, a companhia registrou receita bruta de R$ 14,2 bilhões, um crescimento de 10,8% em comparação a 2023. O lucro líquido recorrente anual foi de R$ 591 milhões, mas desconsiderando os impactos da Lei 14.789/23, atingiria R$ 907 milhões (+2,7%).

A unidade de Vestuário Feminino apresentou o maior destaque, com crescimento de 22,9% no 4T24, impulsionada principalmente pela Farm, tanto no Brasil quanto na operação internacional. A Farm Global registrou expansão de 39,3% em reais (19,7% em dólares).

O Vestuário Masculino cresceu 20,7% e o Vestuário Democrático (que inclui a marca Hering) avançou 17,6%. Vale lembrar que a AR&Co, unidade de negócios de vestuário masculino, está sob a gestão de Ruy Kameyama, que assumiu recentemente como Diretor Estatutário da companhia. Já a unidade de Calçados e Acessórios apresentou um crescimento mais modesto, de 4,5%, com destaque para as marcas Arezzo, Vans e Vicenza.

Alexandre Birman, CEO da Azzas 2154, afirmou que 2024 foi um ano transformacional para a moda brasileira. "O ano de 2024 foi de preparação, organização e planejamento. O ano de 2025 será de eficiência e rentabilidade", destacou o executivo.

A empresa também anunciou a conclusão da revisão de seu portfólio de marcas, com foco em simplificação, retorno sobre capital investido (ROIC) e geração de caixa. Como resultado, as marcas Alme, Dzarm, Reversa, Simples e Troc foram descontinuadas, e a BAW foi revendida aos seus fundadores.

Estas decisões estratégicas vêm na esteira de recentes mudanças administrativas na companhia, que incluíram a entrada de Marcel Sapir no Conselho de Administração, executivo que presidiu o Grupo Soma entre 2020 e 2024, antes da fusão que originou a atual Azzas 2154.