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CBA registra prejuízo de R$56 milhões no 4T24, 90% menor que em 2023

EBITDA ajustado cresceu 377% e alcançou R$486 milhões, enquanto alavancagem recuou para 2,84x, menor nível desde 2023

por Redação — Visno Invest
publicado em: 25/02/2025 19:45 — atualizado em: .
EBITDA ajustado cresceu 377% e alcançou R$486 milhões, enquanto alavancagem recuou para 2,84x, menor nível desde 2023

A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) divulgou nesta terça-feira, 25 de fevereiro de 2025, seu resultado financeiro do quarto trimestre de 2024, reportando prejuízo líquido de R$56 milhões, uma redução de 90% em comparação com o prejuízo de R$586 milhões registrado no mesmo período de 2023.

O EBITDA ajustado da companhia atingiu R$486 milhões no trimestre, representando um aumento expressivo de 377% em relação ao 4T23 e de 19% na comparação com o 3T24. A margem EBITDA ajustada alcançou 21%, uma expansão de 16 pontos percentuais frente ao mesmo período do ano anterior.

A receita líquida totalizou R$2,3 bilhões no último trimestre, crescimento de 20% em relação ao 4T23 e de 7% na comparação com o trimestre anterior. O desempenho foi impulsionado principalmente pelo aumento de 18% no preço médio do alumínio na LME (London Metal Exchange), que atingiu US$2.575 por tonelada, aliado à apreciação do dólar frente ao real.

A alavancagem financeira, medida pela relação entre dívida líquida e EBITDA ajustado dos últimos doze meses, recuou para 2,84x, ante 3,41x no trimestre anterior, alcançando o menor patamar desde o primeiro trimestre de 2023.

O volume de vendas de alumínio no período foi de 125 mil toneladas, ligeiramente inferior (-2%) ao registrado no 4T23, mas com melhora no mix de produtos. A companhia destacou o aumento de 10% no volume de vendas dos produtos de valor agregado, com destaque para vergalhão, utilizado na fabricação de cabos para o setor de eletrificação. Esse foco em produtos de maior valor está alinhado com recentes mudanças na diretoria da empresa.

No trimestre, a CBA concluiu o projeto ReAl, tecnologia patenteada capaz de separar o alumínio presente em embalagens flexíveis e cartonadas, com capacidade para reciclar 1,3 bilhão de embalagens ou 9,5 mil toneladas de polialumínio por ano.

Como parte da estratégia de focar em seu core business, a empresa vendeu sua participação de 3,03% na Alunorte pelo valor total de R$236,8 milhões, uma vez que a companhia é autossuficiente em alumina.

Na frente financeira, a CBA liquidou antecipadamente dívidas no valor de R$571 milhões e refinanciou uma Nota de Crédito à Exportação no montante de US$200 milhões, reduzindo a concentração de vencimentos e alongando o perfil da dívida, que passou de 4,66 anos no 3T24 para 4,85 anos no 4T24.

No campo da sustentabilidade, a empresa destacou sua evolução no Corporate Sustainability Assessment (CSA) do S&P Global, atingindo 72 pontos e figurando entre os líderes do setor de alumínio. Com essa pontuação, a CBA passou a integrar, pela primeira vez, o S&P Global Sustainability Yearbook 2025.

CBAV3: cotação e indicadores
Companhia Brasileira de Alumínio - CBA

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