A Companhia Brasileira de Alumínio - CBA (CBAV3) divulgou nesta sexta-feira (21) seu relatório de mercado referente ao quarto trimestre de 2024, apontando um déficit de 164 mil toneladas no mercado global de alumínio, impactado pela redução na oferta global e demanda recorde na China.

O preço médio do alumínio na LME (London Metal Exchange) atingiu US$ 2.575 por tonelada no 4T24, uma alta de 8,1% em relação ao trimestre anterior, impulsionado principalmente pela pressão de custos da alumina, que alcançou patamares históricos de US$ 726/t.

A demanda chinesa de alumínio primário alcançou novo recorde histórico no trimestre, impulsionada por estímulos econômicos e setores ligados à transição energética. O consumo no país atingiu 11,6 milhões de toneladas no período, representando o maior patamar trimestral já registrado.

No mercado brasileiro, a CBA reportou crescimento na demanda de alumínio no 4T24, com destaque para o setor automotivo (+18% vs. 4T23), produção de eletrodomésticos (+27%) e embalagens (+9%). O prêmio no mercado doméstico apresentou aumento de 7% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A Companhia manteve sua posição competitiva no primeiro quartil da curva global de custos, beneficiada pela integração vertical de sua cadeia produtiva e pela desvalorização cambial. Vale destacar que a empresa recentemente foi reconhecida por suas práticas sustentáveis globais, reforçando seu compromisso com a eficiência operacional. Cerca de 28% dos produtores chineses operaram com margens negativas no trimestre devido à pressão de custos.

Para 2025, a CBA projeta cenário positivo para os preços do alumínio, sustentado pela continuidade da forte demanda chinesa e possível redução nas taxas de juros globais, embora destaque pontos de atenção como guerras comerciais e ações protecionistas que podem impactar o mercado. A empresa, que recentemente passou por reorganização em sua liderança executiva, mantém-se focada em sua estratégia de crescimento sustentável.