A Auren Energia (AURE3), que recentemente chamou atenção do mercado por oscilações em suas ações, divulgou nesta segunda-feira seus resultados do quarto trimestre de 2024, o primeiro após a conclusão da aquisição da AES Brasil, reportando um EBITDA Ajustado proforma de R$ 889,8 milhões no período e R$ 3,3 bilhões no ano.

A companhia, que se tornou a terceira maior geradora de energia do Brasil com capacidade instalada de 8,8 GW, registrou uma captura de sinergias recorrentes em PMSO (Pessoas, Materiais, Serviços e Outros) de R$ 43,5 milhões apenas em novembro e dezembro. Em um ano completo, tais sinergias podem somar R$ 250 milhões, superando a expectativa inicial de R$ 120 milhões anunciada durante a transação.

Os gastos não recorrentes da transação, que totalizaram R$ 79,6 milhões, foram compensados por economias pontuais de R$ 85 milhões. Na frente financeira, a empresa emitiu R$ 2,5 bilhões em debêntures com custo all-in de CDI+0,6%, gerando economia significativa em relação ao custo anterior de CDI+1,65%.

A receita líquida atingiu R$ 3,6 bilhões no trimestre, um aumento de 35% em relação ao mesmo período de 2023. No ano, a receita somou R$ 11,3 bilhões, crescimento de 17,7% em comparação com 2023.

No segmento de comercialização, a Auren consolidou sua liderança com volume de 6,2 GW médios comercializados em 2024, gerando EBITDA Ajustado de R$ 202 milhões e agregação adicional de margem de R$ 302 milhões.

A empresa encerrou 2024 com índice de alavancagem de 5,7x Dívida Líquida/EBITDA Ajustado, mantendo seu rating de investment grade pela Fitch. O lucro líquido societário no ano foi de R$ 272 milhões, considerando os resultados da antiga AES Brasil apenas após o encerramento da transação.