A Neoenergia (NEOE3) informou nesta terça-feira, 15 de abril de 2025, que a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou os reajustes tarifários de duas de suas distribuidoras de energia elétrica. A decisão foi tomada durante reunião pública ordinária da diretoria do órgão regulador.

Segundo o comunicado divulgado ao mercado, os consumidores da Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Neoenergia Coelba) enfrentarão um aumento médio de 2,05% nas tarifas. Já os clientes da Companhia Energética do Rio Grande do Norte (Neoenergia Cosern) serão beneficiados com uma redução média de 0,32% nos valores cobrados.

Os novos valores entrarão em vigor a partir de 22 de abril de 2025. Para a Neoenergia Coelba, o impacto será de 1,88% para consumidores de baixa tensão e 2,53% para alta e média tensão. Na Neoenergia Cosern, a redução será de 0,33% para baixa tensão e 0,30% para alta e média tensão.

A companhia detalhou que, no caso da Neoenergia Coelba, que registrou crescimento de 4,1% na energia distribuída recentemente, a variação da Parcela A foi de 3,2%, totalizando R$ 8,7 bilhões, impactada principalmente pelo aumento de 15,2% nos encargos setoriais. O preço médio de repasse dos contratos de compra de energia foi estabelecido em R$ 266,00/MWh.

Já a variação da Parcela B para a distribuidora baiana foi de 8,1%, chegando a R$ 6,27 bilhões, refletindo a inflação acumulada medida pelo IGP-M de 8,58%, deduzida do Fator X de 0,51%.

Para a Neoenergia Cosern, que cresceu 2,8% em sua distribuição total, a variação da Parcela A alcançou 3,7%, somando R$ 2,23 bilhões, com destaque para o aumento de 19,7% nos encargos setoriais. O preço médio de repasse dos contratos de energia foi definido em R$ 288,17/MWh. A Parcela B teve variação de 6,6%, totalizando R$ 1,31 bilhão, também refletindo o IGP-M de 8,58%, deduzido do Fator X de 1,95%.

Os reajustes tarifários anuais são estabelecidos com base em fórmula paramétrica definida nos contratos de concessão, que considera principalmente a inflação e os custos não gerenciáveis das distribuidoras, como encargos setoriais e custos de aquisição de energia.

Vale lembrar que a Neoenergia, maior player nacional de distribuição de energia, apresentou recentemente um plano estratégico com investimentos de R$ 9,8 bilhões para 2024, com foco em distribuição, transmissão e geração renovável.