A B3 (B3SA3) concluiu nesta segunda-feira, 5 de maio de 2025, a repactuação programada integral das debêntures simples, não conversíveis em ações, da sua segunda emissão. A operação resultou em condições mais favoráveis para a companhia, com redução significativa do custo de captação.

De acordo com o comunicado divulgado pela bolsa brasileira, a remuneração das debêntures foi alterada de 100% da Taxa DI acrescida de sobretaxa (spread) de 1,05% ao ano para 100% da Taxa DI mais 0,58% ao ano. A redução de 0,47 ponto percentual no spread representa uma economia considerável para a empresa em seus custos financeiros.

A repactuação, autorizada pelo Conselho de Administração da companhia em 28 de março deste ano, contou com a concordância de todos os debenturistas quanto às novas condições propostas, demonstrando a confiança dos investidores na solidez financeira da B3.

A próxima repactuação programada foi agendada para 5 de novembro de 2029, enquanto as datas de pagamento de remuneração e amortização do valor nominal unitário das debêntures permanecerão inalteradas, conforme estabelecido na emissão original.

Esta operação de repactuação reflete a estratégia da B3 de otimizar sua estrutura de capital e reduzir custos financeiros, aproveitando o atual cenário de mercado. A redução do spread pode ser interpretada como um sinal positivo sobre a percepção de risco da companhia junto aos investidores do mercado de renda fixa, em um momento em que a B3 registra crescimento em seus volumes operacionais e se prepara para a divulgação dos resultados do primeiro trimestre em 8 de maio.

A melhora na percepção de risco da empresa também pode estar relacionada às recentes vitórias em disputas fiscais obtidas pela companhia, que eliminaram passivos potenciais significativos. Essa otimização da estrutura financeira ocorre logo após a renovação em sua governança, com a eleição de novo Conselho de Administração no final de abril.