Neoenergia (NEOE3) registra lucro de R$ 1 bilhão no 1T25
Companhia reportou queda de 11% no lucro, mas crescimento de 6% no EBITDA comparado ao mesmo período do ano anterior

A Neoenergia (NEOE3) divulgou nesta terça-feira, 29 de abril de 2025, seus resultados financeiros referentes ao primeiro trimestre do ano. A companhia registrou lucro de R$ 1.001 milhões, representando uma queda de 11% em comparação ao mesmo período de 2024.
Apesar da redução no lucro, o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) apresentou crescimento de 6% na comparação anual, atingindo R$ 3.717 milhões. Já o EBITDA Caixa, sem considerar efeitos não recorrentes, ficou em R$ 2.781 bilhões, em linha com o primeiro trimestre do ano anterior.
A receita operacional líquida somou R$ 11.425 milhões no período, um avanço de 4% em relação ao 1T24. As despesas operacionais totalizaram R$ 1.064 milhões, com aumento de 3% em relação ao mesmo período do ano anterior, abaixo da inflação do período e absorvendo o crescimento da base de clientes.
O desempenho operacional foi marcado pelo crescimento de 3,6% na energia injetada, incluindo geração distribuída, e expansão de 2% na base de clientes, que alcançou 16,7 milhões no encerramento do trimestre. O índice de arrecadação consolidada no trimestre foi de 98,30%, mantendo o alto patamar dos últimos períodos.
A margem bruta da companhia totalizou R$ 4.942 milhões no 1T25, crescimento de 6% em comparação ao 1T24. Segundo a empresa, a margem foi impactada positivamente pelo maior VNR (Valor Novo de Reposição), dado o maior IPCA no período.
O resultado financeiro foi negativo em R$ 1.561 milhões, comparado aos R$ 1.293 milhões negativos no mesmo período de 2024. A piora é explicada pelo aumento do saldo médio da dívida, devido às captações direcionadas para investimentos em transmissão e distribuição, além do maior CDI no período.
A relação Dívida Líquida/EBITDA ficou em 3,49x ao final do trimestre, ante 3,45x registrados no quarto trimestre de 2024. Os investimentos (CAPEX) totalizaram R$ 2,2 bilhões no período, sendo R$ 1,3 bilhão direcionado para o segmento de distribuição.
Entre os destaques operacionais do trimestre, a Neoenergia informou o pedido de antecipação da renovação das concessões de Neoenergia Coelba, Neoenergia Elektro, Neoenergia Pernambuco e Neoenergia Cosern enviado à Aneel. A companhia também relatou a venda de 50% de participação em Itabapoana para o fundo soberano de Singapura GIC.
Para o restante do ano, a empresa destacou o êxito nos reajustes tarifários de Neoenergia Coelba e Cosern com variação da parcela B de +8,1% e +6,6%, respectivamente, que entrarão em vigor a partir de 22 de abril de 2025, o que deve contribuir para a melhora dos resultados nos próximos trimestres.
NEOE3: cotação e indicadoresNeoenergia
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