A ISA Energia (ISAE3, ISAE4) divulgou nesta terça-feira, 29 de abril de 2025, seus resultados financeiros do primeiro trimestre de 2025. A companhia registrou lucro líquido de R$ 337,4 milhões, valor 17,6% inferior ao mesmo período do ano anterior.

Apesar da redução no lucro, a empresa apresentou crescimento de 2,9% no EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), que totalizou R$ 923,3 milhões, com margem de 81,57% - aumento de 0,63 pontos percentuais em relação ao primeiro trimestre de 2024.

A receita líquida consolidada atingiu R$ 1,13 bilhão, crescimento de 2,1% em comparação ao primeiro trimestre do ano anterior. A companhia destaca que a receita líquida excluindo-se a RBSE (Rede Básica Sistema Existente) cresceu 18,0% no período.

Na frente operacional, a ISA Energia reportou redução de 5,4% nos custos e despesas com pessoal, materiais, serviços e outros (PMSO), que totalizaram R$ 179,6 milhões no trimestre. A relação entre PMSO e receita líquida ex-RBSE atingiu 29,2%, uma melhora em relação aos 36,4% registrados no mesmo período de 2024.

Os investimentos (CapEx) somaram R$ 1,11 bilhão no trimestre, representando um aumento expressivo de 32,7% na comparação anual. Esse crescimento está relacionado principalmente à execução de projetos de reforços e melhorias na infraestrutura de transmissão.

O indicador de alavancagem da empresa apresentou aumento, com a dívida líquida atingindo R$ 12,12 bilhões, valor 49,0% superior ao registrado no primeiro trimestre de 2024. O prazo médio da dívida consolidada em 31 de março de 2025 era de 7,3 anos.

Entre os destaques do período, a companhia concluiu sua 18ª emissão de debêntures no valor de R$ 1,4 bilhão em duas séries, sendo R$ 500 milhões destinados ao projeto Piraquê e R$ 900 milhões para execução de projetos de reforços e melhorias.

A ISA Energia também assinou aditivos contratuais para as concessões IE Aimorés e IE Paraguaçu, prorrogando os prazos de vigência em 55 dias e 138 dias, respectivamente, como compensação pelo reconhecimento dos impactos da COVID-19 nos cronogramas de obras.