A Klabin (KLBN3, KLBN4, KLBN11) informou nesta sexta-feira, 21 de março de 2025, que recebeu da gestora T. Rowe Price Associates Inc. a indicação de candidatos para o Conselho de Administração da companhia. A eleição ocorrerá na Assembleia Geral Ordinária marcada para 24 de abril de 2025.

Segundo o comunicado, a T. Rowe Price, que controla aproximadamente 6% do capital total da Klabin, propôs Mauro Gentile Rodrigues da Cunha como membro titular e Tiago Curi Isaac como suplente para concorrer na eleição em separado dos acionistas preferencialistas. O movimento ocorre em um momento estratégico para a empresa, que completou 125 anos de história recentemente e vem apresentando resultados sólidos no mercado.

Para a eleição majoritária, a gestora indicou Isabella Saboya de Albuquerque como membro titular independente e Adriano Cives Seabra como suplente, solicitando a adoção do processo de voto múltiplo. A movimentação da gestora americana acontece poucos meses após a Klabin registrar lucro de R$ 543 milhões no 4T24, um aumento de 47% em comparação ao mesmo período do ano anterior.

A fim de viabilizar a inclusão destes candidatos no Boletim de Voto a Distância (BVD), a T. Rowe Price apresentou uma chapa concorrente com a substituição de apenas um candidato e seu suplente da chapa proposta pelos controladores, "não representando qualquer crítica ao candidato retirado", conforme esclareceu a gestora.

A fabricante de papel e celulose informou que reapresentou, na mesma data, o BVD da AGO com a inclusão dos candidatos e da chapa indicados pela gestora americana.

A Klabin esclareceu ainda que a eleição em separado de um membro ao Conselho de Administração por acionistas preferencialistas somente ocorrerá caso haja participação de titulares de ações preferenciais representando pelo menos 10% do capital social da companhia, que recentemente pagou R$ 54 milhões em dividendos aos seus acionistas.

Quanto ao procedimento de voto múltiplo, a empresa destacou que sua adoção depende de requisição prévia, até 48 horas antes da AGO, por acionistas titulares de no mínimo 5% do capital votante, o que não ocorreu até o momento da divulgação. Vale lembrar que a companhia tem mantido uma comunicação transparente com o mercado e inclusive alertou seus investidores contra golpes que utilizavam indevidamente seu nome.