A Copel (CPLE3, CPLE5, CPLE6) divulgou nesta quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025, seus resultados financeiros do quarto trimestre e do ano fiscal de 2024, reportando lucro líquido anual de R$ 2,8 bilhões, um crescimento de 20,3% em comparação ao registrado em 2023.

No quarto trimestre, a companhia obteve lucro líquido de R$ 575,2 milhões, valor 39% inferior aos R$ 942,8 milhões registrados no mesmo período de 2023. A redução é explicada principalmente pelo resultado de operações descontinuadas da Compagas e UEGA, que haviam contribuído com R$ 323,8 milhões no 4T23.

O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da Copel somou R$ 1,3 bilhão no 4T24 e R$ 5,1 bilhões no acumulado do ano, apresentando redução de 6,6% em relação a 2023. A empresa destacou a alavancagem de 2,6x EBITDA e a geração de caixa operacional de R$ 5,2 bilhões no período.

Dividendos e movimentos estratégicos

A empresa anunciou dividendos adicionais de R$ 1,3 bilhão para deliberação na Assembleia Geral Ordinária marcada para 24 de abril de 2025. Com essa proposta, os dividendos relacionados ao exercício de 2024 totalizarão R$ 2,3 bilhões, representando um payout de 86%.

Na frente de reciclagem de ativos, a Copel realizou o desinvestimento de sua participação de 30% na UHE Baixo Iguaçu, com equity value de R$ 570 milhões, e de ativos de pequeno porte por R$ 450,5 milhões. A companhia também consolidou a transmissora Mata de Santa Genebra e a UHE Mauá, que passaram a ser 100% da Copel Geração e Transmissão.

Segmentos de negócio

A Copel Distribuição apresentou um EBITDA de R$ 715,2 milhões no 4T24, crescimento de 23,6% em relação ao mesmo período de 2023. Os investimentos na área totalizaram R$ 2,2 bilhões para modernização e ampliação da infraestrutura elétrica no estado do Paraná, alcançando uma eficiência de EBITDA 45,7% superior ao previsto em termos regulatórios.

Já a Copel Geração e Transmissão registrou EBITDA recorrente de R$ 2,6 bilhões no ano, apesar de enfrentar um cenário desafiador. A redução de 16,9% no EBITDA ajustado anual foi motivada principalmente pelo menor preço médio de energia do portfólio e pelo maior desvio de geração nos complexos eólicos.

Daniel Slaviero, presidente da Copel, destacou que 2024 foi o primeiro ano em que a companhia operou inteiramente como uma corporação. "Com uma equipe altamente qualificada e uma gestão comprometida, seguimos firmes no propósito de oferecer serviços de excelência, mantendo um olhar estratégico para o futuro", afirmou o executivo.