A ALLOS S.A. (B3: ALOS3) divulgou nesta quarta-feira, 14 de maio de 2025, seus resultados financeiros referentes ao primeiro trimestre de 2025. A companhia registrou crescimento de 13,2% no FFO (Funds from Operations) por ação, atingindo R$0,55, impulsionado pelos programas de recompra de ações nos últimos doze meses.

O FFO total alcançou R$274,7 milhões, representando um avanço de 3,8% em comparação ao mesmo período de 2024, mesmo em um cenário de alta significativa da taxa Selic, que subiu de 10,75% em abril de 2024 para 14,75% no trimestre atual.

A receita líquida totalizou R$618,4 milhões, crescimento de 5,3% em relação ao primeiro trimestre do ano anterior. O destaque foi a aceleração das receitas de locação, principalmente o aluguel mínimo, que atingiu R$372,7 milhões, avançando 3,9% na comparação anual, superando o crescimento de 3,3% observado no trimestre anterior.

O EBITDA ajustado somou R$443,3 milhões no período, com avanço de 5,0% em relação ao 1T24, impulsionado pela performance em receitas e pelo crescimento de despesas abaixo da inflação. A companhia manteve seu guidance para o ano entre R$2.070 milhões e R$2.150 milhões.

As vendas totais nos shopping centers administrados pela ALLOS atingiram R$9,1 bilhões no trimestre, representando crescimento de 5,0% mesmo com o efeito do descasamento entre o mês da Páscoa em 2025 e 2024. Em abril, o indicador prévio de vendas totais cresceu 16,4%, com SSS (Same Store Sales) de 12,4%.

A taxa de ocupação fechou o trimestre em 96,8%, nível idêntico ao registrado no 4T24 e 50 pontos-base acima do observado no 1T24, superando os efeitos de sazonalidade típicos do primeiro trimestre.

No período, a empresa distribuiu R$153 milhões entre dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) e aprovou mais R$153 milhões em proventos a serem pagos ao longo do segundo trimestre. Adicionalmente, foram alocados R$104,4 milhões em novas recompras de ações.

A ALLOS realizou em janeiro uma captação de R$625 milhões via CRI (Certificados de Recebíveis Imobiliários) com custo de 99,5% do CDI, alongando o perfil de vencimentos de sua dívida com redução do custo médio. A relação dívida líquida/EBITDA da companhia encerrou o trimestre em 1,8x.

No segmento de mídia, a empresa registrou receita de R$35,8 milhões no primeiro trimestre, crescimento de 9,5% em relação ao mesmo período de 2024, representando 5,4% da receita total da companhia. Este segmento tem se fortalecido após a vitória da subsidiária Helloo no leilão para exploração de publicidade em aeroportos.