A Construtora Tenda (TEND3) divulgou nesta quinta-feira, 8 de maio de 2025, resultados financeiros recordes para o primeiro trimestre do ano. A incorporadora registrou lucro líquido de R$ 85,5 milhões, um aumento expressivo de 301,1% em comparação com o quarto trimestre de 2024 e 1.829,3% superior ao mesmo período do ano anterior.

A receita líquida da companhia atingiu R$ 865,2 milhões no consolidado do trimestre, representando crescimento de 16,2% em relação ao 1T24 e 1,7% quando comparado ao 4T24. O lucro bruto ajustado alcançou R$ 291,0 milhões, aumentos de 45,5% e 11,1% em comparação ao primeiro e último trimestres de 2024, respectivamente.

"O ano de 2025 começou melhor do que o previsto, e o cenário atual indica que esse ambiente favorável para o segmento de habitação popular no país deve perdurar", afirmou a companhia em mensagem da administração no documento de resultados.

Um dos destaques do período foi o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) trimestral, que atingiu R$ 123,7 milhões, representando crescimentos de 79,7% e 44,8% em comparação ao 1T24 e 4T24, respectivamente. Isso reflete o melhor desempenho operacional da empresa.

O segmento Tenda, principal negócio da companhia, alcançou margem bruta ajustada recorde histórica de 36,7%, aumento de 8,2 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano anterior. Este patamar trimestral de lucro já representa um retorno sobre patrimônio (ROE) anualizado acima de 30%.

No âmbito operacional, a Tenda lançou 13 empreendimentos no consolidado, totalizando R$ 914,5 milhões em valor geral de vendas (VGV), aumento de 19,8% em relação ao 1T24. O preço médio no trimestre foi de R$ 226,2 mil por unidade.

A empresa também registrou recordes históricos para um primeiro trimestre em vendas brutas, totalizando R$ 1.213,4 milhões no 1T25, crescimentos de 12,7% e 7,9% em relação ao 1T24 e 4T24, respectivamente. As vendas líquidas encerraram o período em R$ 1.088,3 milhões, elevações de 12,7% e 10,6% comparadas ao primeiro e último trimestres de 2024. Estes números confirmam a prévia operacional divulgada pela construtora no início de abril, quando já havia antecipado um desempenho recorde em vendas.

A dívida líquida corporativa em relação ao patrimônio líquido fechou o 1T25 em -1,8%, demonstrando a solidez financeira da empresa. O banco de terrenos da Tenda alcançou R$ 23.419,1 milhões em VGV no período, aumentos de 22,9% e 2,7% em comparação ao 1T24 e 4T24, respectivamente.

Para 2025, a companhia mantém suas projeções de margem bruta ajustada entre 34,0% e 36,0% para o segmento Tenda, vendas líquidas entre R$ 3,8 bilhões e R$ 4,0 bilhões, e resultado líquido entre R$ 360 milhões e R$ 380 milhões. O forte desempenho vem em um momento de interesse institucional nas ações da empresa, com o Morgan Stanley recentemente aumentando sua participação para 5,03% do capital social da construtora.