O Banco Santander Brasil (SANB11) divulgou nesta quarta-feira, 30 de abril de 2025, seus resultados referentes ao primeiro trimestre do ano, reportando lucro líquido de R$ 3,9 bilhões, o que representa um aumento de 27,8% em comparação com o mesmo período de 2024 e estabilidade (+0,2%) em relação ao trimestre anterior.

O retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE) atingiu 17,4%, registrando evolução de 3,3 pontos percentuais na comparação anual, com leve queda de 0,2 ponto percentual na análise trimestral. A instituição destacou que o resultado reflete o foco na execução da estratégia construída nos últimos anos, com operação cada vez mais diversificada e resiliente.

A carteira de crédito ampliada do banco alcançou R$ 682,3 bilhões, mantendo-se praticamente estável no trimestre (-0,1%) e apresentando crescimento de 4,3% em 12 meses. O banco reforçou a disciplina na alocação de capital, priorizando linhas de maior rentabilidade.

A margem financeira bruta totalizou R$ 15,9 bilhões, registrando leve queda trimestral de 0,4%, mas com expressivo crescimento de 7,7% na comparação anual. A margem com clientes, que representa a maior parte desse valor, aumentou 9,5% em relação ao 1T24, impulsionada por maiores volumes e spreads.

As receitas com comissões somaram R$ 5,1 bilhões no período, apresentando queda de 6,9% no trimestre, parcialmente explicada por efeitos sazonais e por receitas reclassificadas para margem financeira conforme a Resolução CMN nº 4.966/21. Na comparação anual, houve crescimento de 5,1%.

O índice de eficiência alcançou 37,2% no trimestre, melhorando 2,5 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo o menor patamar dos últimos três anos. As despesas totalizaram R$ 6,6 bilhões, com redução de 2,9% no trimestre e aumento de 4,4% no ano, abaixo da inflação do período.

O custo de crédito recorrente ficou em 3,7%, com aumento de 0,3 ponto percentual no trimestre, mantendo-se estável na comparação anual. A instituição destacou que os resultados a partir de 2025 incorporam a nova metodologia decorrente da Resolução CMN nº 4.966/21, o que altera os conceitos das provisões para perdas de crédito.

A base de clientes do Santander Brasil expandiu 8% em 12 meses, atingindo 70,7 milhões. Em clientes com principalidade, o crescimento foi de 17% no segmento de pessoas físicas. O NPS (Net Promoter Score) de pessoa física alcançou 63 pontos, evolução de 10 pontos em dois anos.

Em captações, o banco alcançou R$ 651,5 bilhões, com avanço de 0,9% no trimestre e 4,5% em 12 meses. A representatividade do segmento de Pessoa Física no mix de funding aumentou 2 pontos percentuais no ano, atingindo 45%.

"Continuamos com nosso foco obsessivo na transformação da experiência e jornada de nossos clientes, neste trimestre representado pelo nosso One App, tornando a relação com os clientes muito mais personalizada, integrada e eficiente", destacou a instituição no comunicado de resultados.

Vale ressaltar que, em linha com os resultados positivos, o Conselho de Administração do banco aprovou a distribuição de R$ 1,5 bilhão em JCP no início de abril, com pagamento previsto para 8 de maio de 2025, demonstrando a continuidade da política de remuneração aos acionistas.