Usiminas reverte prejuízo e registra lucro de R$ 337 milhões no 1T25
Companhia siderúrgica apresenta forte crescimento operacional com EBITDA de R$ 733 milhões, 41% superior ao trimestre anterior

A Usiminas (USIM3, USIM5, USIM6) divulgou seus resultados financeiros do primeiro trimestre de 2025 nesta quinta-feira, 24 de abril de 2025, reportando um lucro líquido de R$ 337 milhões. O resultado representa uma reversão significativa comparado ao prejuízo de R$ 117 milhões registrado no trimestre anterior.
O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado ajustado atingiu R$ 733 milhões no período, um crescimento expressivo de 41% em relação ao quarto trimestre de 2024. A margem EBITDA consolidada alcançou 11%, um avanço de 2,7 pontos percentuais na comparação trimestral.
A receita líquida da companhia somou R$ 6,858 bilhões no primeiro trimestre, representando um aumento de 6% em relação ao trimestre anterior. O resultado foi impulsionado por maiores preços e volumes nas unidades de Siderurgia e Mineração, conforme destacou a empresa no documento divulgado ao mercado.
No segmento de Siderurgia, a Usiminas registrou um crescimento de 4% nas vendas de aço para o mercado interno, que totalizaram 1.002 mil toneladas no período. Já o EBITDA ajustado do segmento siderúrgico cresceu 44%, atingindo R$ 528 milhões, com margem de 9%, uma melhora de 2,4 pontos percentuais frente ao trimestre anterior.
A unidade de Mineração também apresentou desempenho positivo, com vendas estáveis em 2.217 mil toneladas, mas com EBITDA ajustado de R$ 206 milhões, o maior desde o quarto trimestre de 2023. A margem EBITDA do segmento chegou a 22%, comparada aos 20% do trimestre anterior.
O custo dos produtos vendidos por tonelada (CPV/t) na Siderurgia apresentou redução de 2% em relação ao trimestre anterior, contribuindo para a melhora do resultado operacional. Segundo a companhia, a melhora do EBITDA ocorreu principalmente pela redução do Custo dos Produtos Vendidos.
No âmbito financeiro, a Usiminas encerrou o trimestre com dívida líquida de R$ 1,4 bilhão e índice de alavancagem (dívida líquida/EBITDA) de 0,71x, mantendo uma situação financeira confortável. O resultado reflete a estratégia de gestão de passivos da companhia, que incluiu o resgate antecipado de debêntures no valor de R$ 300 milhões realizado no final de março. A companhia reportou um fluxo de caixa livre negativo de R$ 560 milhões, impactado pelo aumento do capital de giro.
Entre os investimentos em curso, a empresa destacou a reforma da Coqueria #2 (2024-2026), a nova planta de PCI do Alto-Forno #3 (2025), a autoprodução fotovoltaica a partir de 2025 e a construção de um novo gasômetro previsto para 2027.
USIM5: cotação e indicadoresUsiminas
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