Méliuz investe US$ 4,1 milhões em Bitcoin como estratégia de tesouraria
Empresa aprova alocação de até 10% do caixa em criptomoeda e estuda torná-la principal ativo estratégico

A Méliuz (CASH3) anunciou, na quinta-feira, 6 de março de 2025, sua entrada no mercado de criptomoedas com a aprovação de uma nova estratégia de tesouraria focada em Bitcoin. O Conselho de Administração da companhia autorizou a aplicação de até 10% do caixa total em Bitcoin, buscando retorno de longo prazo no ativo.
Em linha com a política aprovada, a empresa já realizou sua primeira aquisição, comprando 45,72 Bitcoin por aproximadamente US$ 4,1 milhões, a um preço médio de US$ 90.296,11 por unidade. Para implementar a estratégia, o nome da Política de Gestão de Liquidez foi alterado para Política de Aplicações Financeiras.
A empresa também anunciou a criação do Comitê Estratégico de Bitcoin, que apoiará a análise de viabilidade para ampliação da estratégia. O grupo será responsável pela operacionalização das compras e pela criação de diretrizes e governança específicas para o tema.
Além disso, o Conselho solicitou à Diretoria uma análise detalhada sobre a viabilidade de expandir ainda mais essa iniciativa, incluindo a possibilidade de adotar o Bitcoin como principal ativo estratégico da tesouraria da companhia.
A administração também estuda formas de geração incremental de Bitcoin para os acionistas, seja por meio de alocação de caixa, do fluxo de caixa operacional ou outras iniciativas estratégicas. A empresa pretende avaliar alterações necessárias em seus documentos societários, políticas e procedimentos internos para ampliar os limites desse investimento.
"A Administração da Companhia acredita que a estratégia de tesouraria focada na reserva de Bitcoin tem potencial importante para a maximização de valor para a Companhia e para seus acionistas", afirmou a empresa em comunicado.
Em mensagem aos acionistas, Israel Salmen, Fundador e Presidente do Conselho de Administração, destacou que a empresa mantém um caixa líquido de mais de R$ 240 milhões, mesmo após reduções de capital, e que a alocação em Bitcoin representa uma alternativa estratégica para otimizar o uso do capital. A nova direção estratégica ocorre poucos dias após a empresa renovar seu Conselho de Administração, incluindo a chegada de Guilherme Bandeira, especialista em Bitcoin há mais de sete anos.
A Méliuz estima divulgar novas definições sobre a ampliação da estratégia em aproximadamente 45 a 60 dias. O comunicado foi assinado por Marcio Loures Penna, Diretor de Relações com Investidores e Governança Corporativa da companhia, que recentemente também anunciou alterações no cronograma de divulgação dos resultados financeiros de 2024.
A nova estratégia de investimento em Bitcoin surge alguns meses após o banco BV decidir não exercer sua opção de compra de ações da empresa, movimento que resultou em ajustes nos acordos comerciais e na governança da companhia.
CASH3: cotação e indicadoresMéliuz
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