A Marfrig Global Foods (MRFG3) divulgou nesta quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025, seus resultados financeiros do quarto trimestre de 2024, registrando um lucro líquido de R$ 2,6 bilhões, crescimento expressivo em comparação aos R$ 12 milhões reportados no mesmo período de 2023.

A receita líquida consolidada atingiu R$ 41,3 bilhões, aumento de 22,1% em relação ao 4T23, impulsionada principalmente pelo melhor desempenho da operação América do Sul Continuada. O EBITDA ajustado alcançou R$ 3,7 bilhões, crescimento de 37,1%, com margem de 9,1%, expansão de 1 ponto percentual.

"O ano de 2024 entrou para a história da Companhia como um importante marco de confirmação do nosso plano estratégico. O modelo diversificado entre geografias e proteínas alcançou resultados recordes", destacou Marcos Antonio Molina dos Santos, Presidente do Conselho de Administração, em mensagem aos acionistas.

Por segmentos, a BRF contribuiu com 42% da receita consolidada e 74% do EBITDA ajustado total. A operação América do Norte representou 45% da receita e 9% do EBITDA, enquanto a América do Sul respondeu por 13% e 17%, respectivamente.

A companhia também anunciou a distribuição de R$ 2,5 bilhões em dividendos para os acionistas da Marfrig e R$ 1,1 bilhão de juros sobre capital próprio para os acionistas da BRF. O fluxo de caixa operacional foi positivo em R$ 4,4 bilhões, resultando em fluxo de caixa livre de R$ 1,6 bilhão.

A alavancagem financeira consolidada, medida pela relação entre Dívida Líquida Gerencial e EBITDA ajustado dos últimos 12 meses, caiu de 3,0x no terceiro trimestre para 2,8x em reais. Em dólares, a redução foi ainda mais significativa, de 2,86x para 2,47x, marcando a sétima queda trimestral consecutiva desse indicador.

No período, a Marfrig concluiu a venda de ativos no Brasil, Argentina e Chile, recebendo R$ 5,7 bilhões, parte de uma transação que redefine sua estratégia para o negócio de bovinos na América do Sul. Este movimento se alinha com outras iniciativas estratégicas da empresa, como a negociação de ativos no Uruguai com a Minerva Foods. A companhia também destacou seu desempenho em sustentabilidade, tendo alcançado pontuação máxima (nota A) nas três categorias do CDP: Mudanças Climáticas, Segurança Hídrica e Florestas.

Para 2025, a administração afirmou que manterá sua estratégia de maior geração de valor para todos os acionistas e o compromisso com a integridade financeira e a atuação sustentável.