B3 registra lucro de R$ 1,13 bilhão no primeiro trimestre de 2025
Receita total da companhia cresceu 7,7% na comparação anual, impulsionada pelo desempenho em derivativos e renda fixa

A B3 (B3SA3) divulgou nesta quinta-feira, 8 de maio de 2025, seus resultados financeiros referentes ao primeiro trimestre de 2025. A companhia reportou lucro líquido recorrente de R$ 1,13 bilhão, praticamente estável (-0,1%) em comparação ao mesmo período do ano anterior, apesar do cenário menos favorável para o mercado de ações.
A receita total atingiu R$ 2,66 bilhões no período, representando um crescimento de 7,7% em relação ao primeiro trimestre de 2024. Já a receita líquida somou R$ 2,39 bilhões, alta de 7,5% na comparação anual.
O EBITDA recorrente alcançou R$ 1,66 bilhão, aumento de 5,5% em relação ao 1T24, enquanto a margem EBITDA ficou em 69,5%, recuo de 176 pontos-base na comparação anual. As despesas totais apresentaram queda de 10,6%, totalizando R$ 828,5 milhões no período.
Entre os destaques operacionais, o segmento de derivativos registrou crescimento de 10% nas receitas, impulsionado principalmente pelo aumento nas receitas com derivativos de câmbio e pelo recém-lançado Futuro de Bitcoin, que totalizou R$ 47 milhões no trimestre.
"O mercado de renda fixa continuou sua trajetória positiva, com receitas de R$ 315 milhões, alta de 22% na comparação anual, refletindo o crescimento nas emissões e estoque de instrumentos de captação bancária", destacou a companhia no documento.
O segmento de empréstimo de ativos apresentou desempenho expressivo, com aumento de 57% nas receitas em relação ao mesmo período de 2024, atingindo R$ 75 milhões. A área de Tecnologia e Plataformas também mostrou bom desempenho, com crescimento de 17% nas receitas, somando R$ 460 milhões no trimestre.
Em contrapartida, o mercado de renda variável apresentou recuo de 7% nas receitas, totalizando R$ 511 milhões, explicado principalmente pela menor margem no mercado de ações à vista, com maior volume negociado por formadores de mercado.
O retorno aos acionistas somou R$ 787 milhões no primeiro trimestre, aumento de 49% em relação ao mesmo período de 2024, sendo R$ 328 milhões em juros sobre capital próprio (+12%) e R$ 459 milhões em recompra de ações (+94%).
A B3 destacou em sua apresentação que, mesmo em cenários menos favoráveis para o mercado de ações, a receita total da companhia apresenta comportamento resiliente, sustentada por múltiplos vetores de crescimento, com seus segmentos diversificados compensando oscilações em áreas específicas do negócio.
Leia também
Mais Lidas da Semana
1