O Grupo GPS (GGPS3) divulgou nesta quinta-feira, 8 de maio de 2025, que obteve lucro líquido ajustado de R$ 180 milhões no primeiro trimestre deste ano, valor 7% superior ao registrado no mesmo período de 2024. A companhia, líder no setor de serviços terceirizados no Brasil, reportou queda na margem líquida ajustada, que ficou em 4,4%, redução de 1,1 ponto percentual em relação ao 1T24.

A receita líquida do período totalizou R$ 4,104 bilhões, crescimento expressivo de 34% na comparação anual. Segundo o documento divulgado pela empresa, o desempenho foi impulsionado principalmente pelas aquisições realizadas, com destaque para a GRSA. O crescimento orgânico ficou em 5% frente ao mesmo trimestre do ano anterior.

O EBITDA ajustado excluindo efeitos do IFRS16 atingiu R$ 401 milhões no trimestre, valor 21% superior ao 1T24. A margem EBITDA ajustada ex-IFRS16 ficou em 9,8%, queda de 1 ponto percentual em relação ao mesmo período do ano anterior.

"A redução da margem EBITDA ajustada ex-IFRS16 foi motivada pelo elevado volume de receita apurado em empresas recém integradas, com destaque para a GRSA, cuja margem foi impactada pela antecipação de despesas vinculadas à captura de sinergias", explicou a companhia no relatório de resultados.

Integração de aquisições e expansão de portfólio

O primeiro trimestre foi marcado pela conclusão da integração de sistemas da GRSA, que representou a maior operação dentre as 55 já realizadas pelo Grupo GPS. A empresa informou que sua prioridade para o segundo trimestre será a integração cultural da equipe da GRSA.

Adicionalmente, o Grupo GPS finalizou as aquisições das empresas RHMed e Nutricar, que passarão a integrar os resultados a partir do segundo trimestre. Estas aquisições somam R$ 290 milhões de receita bruta apurada nos 12 meses anteriores à assinatura dos contratos.

A RHMed atua no segmento de segurança do trabalho e atenção primária à saúde, enquanto a Nutricar opera no mercado de minimercados autônomos. Segundo a empresa, estas aquisições "agregam novos serviços ao nosso portfólio, criando novas avenidas de crescimento para a Companhia".

Desafios no crescimento orgânico

O Grupo GPS destacou que o ambiente mais competitivo e a pressão dos clientes por redução de preços afetaram o ritmo de expansão da receita orgânica. A companhia afirmou que sua prioridade tem sido preservar a margem de cada contrato e manter preços equilibrados.

"O desafio do crescimento orgânico é manter o equilíbrio entre a rentabilidade dos contratos e a expansão de receita, de tal forma que as margens se mantenham consistentes ao longo do tempo", informou a empresa no relatório.

O índice de alavancagem da companhia encerrou o trimestre em 1,6x EBITDA ajustado ex-IFRS16, comparado a 1,3x no primeiro trimestre de 2024. A empresa atribuiu o aumento ao investimento realizado no programa de aquisições, especialmente na compra da GRSA.

O Grupo GPS atua em todo o Brasil com um abrangente portfólio de soluções de serviços terceirizados, servindo a 4.604 clientes e contando com mais de 183 mil colaboradores diretos. Vale destacar que a empresa demonstrou solidez financeira recentemente, tendo aprovado distribuição de dividendos no valor de R$219,27 milhões referentes ao exercício de 2024, além de um aumento de capital de R$ 32,7 milhões aprovado em abril.