Bradesco tem lucro de R$ 5,9 bilhões no 1T25, alta de 39,3%
Carteira de crédito do banco ultrapassa pela primeira vez a marca de R$ 1 trilhão, com crescimento de 12,9% em 12 meses

O Banco Bradesco (BBDC3, BBDC4) registrou lucro líquido recorrente de R$ 5,9 bilhões no primeiro trimestre de 2025, um aumento de 39,3% em comparação ao mesmo período do ano anterior e 8,6% superior ao quarto trimestre de 2024. Os dados foram divulgados pela instituição financeira nesta quarta-feira, 7 de maio de 2025.
Com esse resultado, o retorno sobre o patrimônio líquido médio anualizado (ROAE) atingiu 14,4% no período, apresentando crescimento de 4,2 pontos percentuais em relação ao primeiro trimestre de 2024. O resultado operacional também mostrou expressivo crescimento, totalizando R$ 7,5 bilhões, alta de 51,5% na comparação anual.
A carteira de crédito expandida ultrapassou pela primeira vez a marca de R$ 1 trilhão, alcançando R$ 1,005 trilhão, um crescimento de 12,9% em doze meses e 2,4% no trimestre. Destaque para o aumento de 3 pontos percentuais nas operações com garantias, que passaram a representar 57% do total da carteira, contra 54% no trimestre anterior.
"Nossa melhora de rentabilidade está em curso, refletindo a combinação de avanços operacionais e benefícios do plano de transformação", afirmou a instituição no relatório divulgado ao mercado.
A receita total do banco atingiu R$ 32,3 bilhões no trimestre, crescimento de 15,3% na comparação anual, impulsionada pelo forte desempenho da margem financeira, das receitas com serviços e do segmento de seguros.
A margem financeira chegou a R$ 17,2 bilhões, aumento de 13,7% em doze meses, com destaque para a contribuição da margem com clientes, que apresentou expansão de 15,5% na comparação anual, atingindo R$ 16,8 bilhões no trimestre.
No segmento de pessoas físicas, a carteira de crédito cresceu 16,2% em doze meses, atingindo R$ 432,9 bilhões, com expansões significativas em linhas como imobiliário (+18,1%), crédito pessoal (+15,8%) e rural (+48,5%).
O índice de inadimplência total acima de 90 dias permaneceu praticamente estável em 4,1% (+0,1 p.p. no trimestre), mas apresentou melhora de 0,9 ponto percentual na comparação anual. O custo de crédito ficou estável em 3,0% do total da carteira.
As operações de seguros apresentaram resultado expressivo, com lucro líquido de R$ 2,4 bilhões (+25,3% a/a) e ROAE de 22,4%, contra 19,8% um ano antes. A sinistralidade caiu 7,5 pontos percentuais na comparação anual.
As despesas operacionais aumentaram 12,3% em relação ao primeiro trimestre de 2024, atingindo R$ 15 bilhões. Considerando apenas as despesas de pessoal e administrativas, o aumento foi de 3,7% no período, abaixo da inflação.
O índice de Basileia Nível 1 ficou em 13,0%, apresentando crescimento de 0,6 ponto percentual em relação a dezembro de 2024. Durante o trimestre, o banco destinou R$ 3,3 bilhões em Juros sobre Capital Próprio (JCP) aos acionistas, dando continuidade à política de remuneração aos investidores após distribuir R$2,3 bilhões em março.
A instituição manteve seu guidance para 2025, que inclui os efeitos do aumento de participação na Cielo e os impactos da Resolução nº 4.966. Segundo o banco, o crescimento das receitas será a principal razão para a melhora da rentabilidade ao longo do ano.
BBDC4: cotação e indicadoresBanco Bradesco
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