A Azevedo & Travassos (AZEV3, AZEV4) informou nesta segunda-feira, 5 de maio de 2025, que não tem conhecimento de fatos que justifiquem as recentes oscilações atípicas em suas ações. A manifestação ocorreu em resposta a questionamento da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e da B3, que solicitaram esclarecimentos sobre o comportamento dos papéis negociados em bolsa.

O regulador do mercado de capitais enviou ofício à construtora após suas ações apresentarem forte valorização na última sexta-feira (02/05). As ações preferenciais (AZEV4) chegaram a registrar alta de 18,66%, encerrando o pregão cotadas a R$ 0,89, enquanto as ações ordinárias (AZEV3) subiram 14,92%, fechando a R$ 0,77.

O volume de negociação também chamou atenção do órgão regulador. As ações PN movimentaram R$ 13,14 milhões em um único dia, com mais de 15,9 milhões de papéis negociados. Já as ações ON registraram volume financeiro de R$ 2,81 milhões, com negociação de aproximadamente 3,84 milhões de ações.

No comunicado divulgado pela empresa, a Azevedo & Travassos afirmou que "não tem conhecimento de qualquer informação que possa justificar as últimas oscilações registradas com as ações de sua emissão, bem como o aumento do número de negócios e quantidade negociada".

A companhia também ressaltou que manterá o mercado informado caso tome conhecimento de qualquer fato capaz de justificar as oscilações mencionadas, conforme exige a regulamentação do mercado de capitais brasileiro.

O questionamento de órgãos reguladores sobre movimentos atípicos é procedimento padrão no mercado acionário brasileiro, visando garantir transparência e equidade na divulgação de informações aos investidores.

A movimentação atípica ocorre pouco mais de um mês após a companhia reportar prejuízo de R$ 266,4 milhões em seus resultados financeiros de 2024, divulgados em 1º de abril. No período, a empresa também destacou o crescimento de seu pipeline de projetos, que alcançou R$ 28,3 bilhões.

Vale lembrar que, no final de março, a Azevedo & Travassos assinou contrato de concessão do lote rodoviário Rota Verde com a ANTT, um projeto de R$ 10 bilhões com duração de 30 anos, reforçando sua atuação no setor de infraestrutura.