A Moura Dubeux (MDNE3) divulgou comunicado ao mercado nesta segunda-feira, 24 de março de 2025, em resposta a uma solicitação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) referente a uma notícia publicada no jornal O Otimista sobre projeções de vendas da companhia.

O regulador questionou a construtora sobre uma reportagem que afirmava que a empresa "projeta alcançar R$ 3,5 bilhões em vendas e lançamentos anuais nos próximos cinco anos" e que mencionava as marcas Mood e Única como "essenciais para essa expansão".

Em sua resposta, a Moura Dubeux esclareceu que as informações veiculadas não constituem expectativas de desempenho futuro ou projeções formais (guidance) de vendas e lançamentos anuais, mas sim elementos integrantes do plano de negócios da companhia.

"Os fatos mencionados na Notícia referem-se a elementos integrantes do plano de negócios da Companhia, os quais refletem metas estratégicas voltadas ao seu crescimento e desenvolvimento sustentável nos próximos 5 (cinco) anos", afirmou a empresa no comunicado.

A construtora detalhou que a marca Mood, lançada em 2022, foca em empreendimentos para o segmento de média renda, marcando o início da estratégia de diversificação do portfólio. Já a marca Única, lançada recentemente em 2025, ainda está em estágio pré-operacional e visa atender o segmento de baixa renda, incluindo o programa Minha Casa Minha Vida.

A empresa ressaltou que não adota a prática de divulgação de projeções formais (guidance) de suas operações e que não poderia apresentar projeções baseadas em "premissas consolidadas e suficientemente robustas" envolvendo as novas marcas, por estarem em estágio inicial de desenvolvimento.

A CVM havia solicitado esclarecimentos, questionando por que a empresa não tratou a informação como fato relevante, conforme as disposições da Resolução CVM nº 44/21, que regulamenta a divulgação de informações por companhias abertas.

A Moura Dubeux havia registrado resultado histórico de R$ 2,39 bilhões em vendas no ano passado, segundo a mesma notícia mencionada pela CVM. Vale destacar que esta meta de R$ 3,5 bilhões foi mencionada pela administração da empresa durante a divulgação dos resultados financeiros de 2024, quando a companhia reportou um lucro líquido anual de R$ 251 milhões, um avanço de 61,3% em relação ao ano anterior.