Itaú confirma conflito de interesses de ex-diretor em contratos de R$ 13,2 mi
O Itaú Unibanco (ITUB3, ITUB4) confirmou nesta terça-feira que seu ex-diretor financeiro, Alexsandro Broedel Lopes, violou políticas internas e atuou em conflito de interesses ao aprovar contratos de R$ 13,2 milhões com um fornecedor do qual era sócio, entre 2019 e 2024.
Em resposta a questionamento da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o banco revelou que Broedel recebeu aproximadamente R$ 4,86 milhões em repasses irregulares através de uma empresa intermediária durante o período. Das 40 consultorias contratadas, apenas 20 foram efetivamente entregues.
O caso veio à tona após o desligamento do executivo em 5 de julho de 2024. O banco iniciou investigações internas em 13 de agosto, após receber denúncias de que Broedel prestava serviços externos enquanto ainda ocupava cargo executivo, prática proibida pelo código de ética da instituição.
O Itaú Unibanco ressaltou que o episódio é considerado um "ato isolado" sem impacto material em seus resultados ou demonstrações financeiras, fato confirmado por avaliação do Comitê de Auditoria e da consultoria PwC.
A subsidiária Itaú Unibanco S.A. iniciou processo judicial em 6 de dezembro de 2024 para buscar ressarcimento dos valores. O caso tramita na 34ª Vara Cível do Foro Central de São Paulo sob o número 1194303-51.2024.8.26.0100.
Segundo o banco, tanto o ex-diretor quanto o fornecedor foram questionados sobre as irregularidades, mas não apresentaram explicações satisfatórias que pudessem refutar as conclusões da investigação interna.
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